Wednesday, November 29, 2006

Manuseie-me com cuidado!

Assim como as roupas que usamos, também nós deveríamos ter etiquetas com instruções de manuseio. Algo como um singelo aviso como: Manuseie-me com cuidado, para não causar estragos ou algo mais específico, como: Não me submeta a muita pressão, ou eu fujo ou ainda Não me maltrate, ou eu encolho...ou explodo e assim por diante.
Algumas pessoas são feitas de um tecido resistente, outras de uma delicada seda.
Algumas partem-se em tiras com facilidade, outras mantém a sua integridade e beleza mesmo quando submetidas à situações adversas. Mas se você olhar de perto, bem de perto, verá que suas fibras sofreram no processo...que há cicatrizes. Poucas pessoas podem vê-las, mas elas estão lá, prestes a romperem o mais rude dos tecidos...quando menos se espera.
As pessoas, como os tecidos, têm diferentes origens, das quais quem as 'manuseia' deveria ter ciência. Não apenas porque essa informação poderia explicar-lhe as peculiaridades, mas porque o conhecimento da origem daquela peça, da sua manufatura, revela-lhe o valor, a originalidade. Faz-lhe única ou banal; traje de baile ou pano de chão.
Mas não podemos vir acompanhados de etiquetas, podemos?
Não.
Não sabemos do quê somos feitos até experimentarem-nos. Até nos testarem a elasticidade, a resistência do viço das cores, da trama das fibras, da qualidade das partículas que nos compõem. Não. De nossa qualidade nós só temos uma vaga idéia...não sabemos do que somos feitos até viver, até amar, até nos colocarem à prova.
Escrevi esse texto originalmente em inglês, para o meu outro blog, mas acho que nessa minha 'tradução livre' ele ganhou mais riqueza, novos significados...e, quem sabe, um pouco mais de beleza.
Like clothes, people should have tags with instructions. Something like "Hand me carefully, to avoid any damage"; "Don´t apply any pressure on me, or I´ll run away"; " Don´t treat me bad or I´ll shrink...or explode" and so on.
Some people are made of very thick 'cloth', others of silk. While some can be ripped in shreads very easily, others keep their beauty and integrity under very bad circunstances. If you look closer, though, you´ll see that some damage has been done to those fibers, something that few people can see, but it´s there.
People like fabric, have different backgrounds that whomever is going to hand them should be aware of - it does not only explain things but makes us appreciate more what we have in our hands.
But we can´t have tags, can we?
No. We don´t know what we are made of until we´ve experienced something...until someone had taken us, until we have lived...and loved.

Amendokren!!! Amendokren!!!


Nós, da "¿Que Carajo He Hecho Yo para Merecer Esto??", seccional responsável pelo setor de comunicações, malvadezas e insurgências da "Whatta Hell Have I Done to Deserve This Incoporated", viemos por meio desta iniciar o abaixo-assinado para que a Sra. Amendokren nos brinde com mais comentários, com mais histórias, e tudo o mais que nós temos direito nesse blog, pois essa menina nos está "devendo" os posts com os seguintes títulos:

- Guria, minha cachorra lésbica
- O dia em que perdi a aula olhando as unhas do pé dos colegas
- Meu sonho de sair do apartamento com escada magiros enquanto a gentalha morre queimada
- Porque me traumatizei com as sopas de Barcelona


...e outros posts supimpas e interessantíssimos!
Vamos lá! Amendokren! Amendokren! Solta o verbo!

Tuesday, November 28, 2006

Mais uma Dica de Natal


Em mais uma ousada estratégia de marketing, What-Have-I-Done-to-Deserve-this Corporation oferece aos leitores uma incrível sugestão de presente para o Natal que se aproxima: Jerwayne Junior, o único boneco no mercado capaz de dizer Fifteen of them beers and yer still ugly!
Para ter certeza de que você vai agradar em cheio aquele seu amigo exigente, eis um teste rápido para identificar o destinatário ideal do regalo mais original entre os lançamentos deste ano.
Have you sported a classic mullet haircut since the seventh grade; conservative in front and a party in the back?
Do you think that microchips are snacks enjoyed with cheese dip while watching the local monster truck rally?
Do you describe high definition as that happy feeling you get after drinking two cases of beer?
Is your idea of an exciting day relaxing on the couch and watching the 24-hour bass fishing marathon on TV?
Can you spit across the room without opening your mouth?
Do yer neighbors think that yer having a yard sale 365 days a year?
Do you look forward to family gatherings as a way to meet yer new mate?
If you answered yes to any of these questions, then JerWayne Junior is fer you! Add Jer Wayne Junior to yer collection today!
Order one now!

Anote aí: Receita para uma vida feliz



Felicidade num tem receita, é? Não tinha! Seus pobremas se acabaram-se!!!
Falando sério, recebi essa reportagem ontem de uma amigo meu e não dei bola. O cara sempre tem uma resposta para os meus problemas, o que me irrita profundamente, uma vez que ele invariavelemente está coberto de razão! E dessa vez acho que não vai fugir à regra. A reportagem é extensa e está em inglês, mas a idéia por trás dela é simples. Há gente pesquisando sobre métodos de aumentar nossos níveis de satisfação com a vida, trocando em miúdos, tem gente pesquisando seriamente como ter uma vida feliz. E não estamos falando daquele monte de cliché de livro do Lair Ribeiro!!! Estamos falando de ciência!
Então aí vai:
- antes de dormir anote três coisas boas que aconteceram no seu dia (qualquer coisa que tenha sido legal, que tenha te feito sorrir). Se aconteceram mais de 3, melhor, vai anotando. Faça isso todos os dias.
- faça coisas legais pelos outros, tipo, seja educado! É, além de melhorar o mundo e dar bom exemplo, as pessoas passam a ser mais simpáticas com você o que melhora a sua auto-estima.
- o resto eu esqueci....então leiam.
Como não dói e é de graça eu vou tentar.
http://news.yahoo.com/s/ap/20061126/ap_on_he_me/be_happy_1

Monday, November 27, 2006

Minha vida como Carrie Bradshaw do Terceiro Mundo...

Recentemente eu terminei de ler o livro "Sex and the city", que deu origem à série homônima, na HBO (apresentada no Canal GNT, da NET). Sinceramente, esperava mais do livro, mas me diverti lendo. A personagem Charlotte não existe no livro, Miranda tem outra profissão e é pouco mencionada. Os destaques são Carrie, Mr. Big e Samantha.
E o final, bem, o final eu não vou contar...mas pouco tem a ver com aquele último capítulo que foi ao ar, filmado em Paris (que eu vi umas 15x e chorei em todas elas!).
O engraçado é que quando eu assistia "Sex and the city" religiosamente, às segundas-feiras às 21h eu fazia isso com o meu ex-namorado e sentia um misto de frustração por não ter vivido a busca e a diversidade e de alívio, por ter alguém do meu lado. É aquela velha máxima sobre o casamento "quem tá fora quer entrar, quem tá dentro quer sair".
Pois bem, hoje estou sozinha e ainda assisto ao programa, mas não sempre, não porque eu tenha algum motivo especial para tanto. Acho ler mais interessante, nos últimos tempos. Falando em leituras, alguém já viu a capa da Veja desta semana? Então dá uma olhada!!

Eu me prestei a comprar a revista para saber das minhas chances. Ah, você também tá curiosa, é? Então escute só:

25 anos - 39,3%

30 anos - 27,6%

35 anos - 19,2%

40 anos - 13,7%

45 anos - 10,1%

50 anos - Querida, você ainda não desistiu???!!! Hello!!

As estatísticas, devo esclarecer, se referem a casamento de papel passado. Juntamentos não contam nas estatísticas!! Porém, em que pese essa ressalva, também saliento que, quanto maior a renda e o nível de escolaridade, menores as chances de sair do banco (de reserva, de areia, seja lá qual for a figura de linguagem que você utiliza!).

Eu sinceramente não tô preocupada com as estatísticas, tô preocupada com o nosso despreparo, enquanto sociedade para viver essa nova realidade. Já perdi a conta de quantas vezes conversamos sobre isso e as conclusões são sempre as mesmas. O casamento mudou, as mulheres mudaram, o mundo mudou, mas...os modelos e as cobranças que vêm com eles continuam os mesmos. Ainda crescemos escutando e lendo contos de fadas, vendo filmes da Meg Ryan, lendo livros da Danielle Steel, assistindo novela...francamente!

Felizmente hoje há filmes como "Encontros e Desencontros", " As horas" e o último filme do Zach Braff (o cara do Scrubs), que sequer estreou, mas que promete seguir a linha do maravilhoso "Hora de Voltar"e algumas séries de TV e livros em que nos deparamos com aquela parte que se segue à última cena do filme da Meg Ryan ou ao último capítulo da novela ou do romance da Danielle Steel.

Eu sei, com certeza tem alguém lendo isso e pensando que eu tô querendo me justificar, que eu tô querendo vir com aquele papo aranha de que eu sou solteira por opção e estou sssssssuper feliz assim, mas que no fundo sou uma baita recalcada que daria tudo para estar com alguém agora. Acertei? Sim e não.

Sim, estou solteira por opção. Poderia estar num relacionamento insatisfatório até hoje, mas achei que merecia mais e que a pessoa que estava comigo, merecia mais. Não, não estou feliz sozinha. Tem horas que a gente quer qualidade e não quantidade, mas não é fácil achar alguém. Não é fácil achar alguém que "caiba no seu sonho", como diria Cazuza, quando você não sabe mais o seu papel e nem os seus "pretendentes" sabem.

Tá todo mundo perdido justamente quando a gente chegou no melhor momento do casamento, quando as pessoas estão procurando se unir não por conveniência, por questões familiares, econômicas, o cacete, mas simplesmente porque querem fazer uma caminhada juntos.

Os velhos modelos só fazem atrapalhar. Exige-se demais do outro e exigimos mais ainda de nós mesmas. O mundo virou uma fábrica de infelizes, de insatisfeitos...!

(to be continued)

Sunday, November 26, 2006

Pesquisa: Você é nostálgico?

Gente! Serviço de utilidade...privada. Quem tiver 5 min. por favor responda o questionário do link abaixo. É interessante, apesar de a gente não ter acesso à um resultado, pois este teste faz parte de um trabalho acadêmico...mas sacumé, para parar de trabalhar, vale tudo!! Hehehehe
Dado o recado!!

http://cepa.ea.ufrgs.br/pesquisa/nostalgia

Saturday, November 25, 2006

Friday, November 24, 2006

Piratinha

Piratinha nasceu pobre, a mais nova de uma ninhada de gatinhos malhados. Como todo caçula, ela era muito curiosa. Sua mãe bem que dizia pra ela não se afastar dos irmãozinhos, avisava que as pessoas não gostavam de bichinhos xeretas, mas ela não lhe dava ouvidos: queria desbravar o mundo. Tão logo seus olhos se abriram e suas perninhas se tornaram fortes o suficiente para ultrapassar os pequenos obstáculos do caminho, ela saiu a passear pela vila onde morava. Alegremente, ela perseguia o próprio rabo, sem se dar conta dos perigos que a cercavam. Os cães, ao vê-la aproximar-se ainda meio cambaleante, ergueram as orelhas e o focinho, mas não se levantaram do lugar onde tomavam sol: ela era tão pequena e frágil, que eles não quiseram fazer-lhe mal. Piratinha agora observava um besouro colorido, que, voando em torno de sua cabeça, parecia fazer troça de seu instinto de caçadora. Ora brincando, ora parando para uma soneca num cantinho mais sossegado, Piratinha nem viu o dia passar. Mas a tarde caiu, e a pequena, sentindo a barriga vazia, quis logo voltar para junto da mãe. Partiu resoluta, mas assim que esbarrou num grupo de mulheres que sequer perceberam sua existência, ela se deu conta de que estava um pouco assustada. As sombras da noite confundiam tudo, e ela miou com tristeza. Percebendo que a mãe estava longe demais para atender ao seu chamado, Piratinha decidiu procurar um cantinho para passar a noite. Estava assim, enroladinha em si mesma, quando alguém veio acordá-la. Um menino, trazendo no rosto a expressão amarga que só as pessoas que não conheceram amor e conforto conseguem ter, olhava-a com atenção. Piratinha, que nada sabia do coração das pessoas, imaginou que ele pudesse levá-la de volta pra casa. Erguendo-se depressa, começou a miar com insistência. Mas o menino já tirava do bolso uma funda. Intuitivamente, Piratinha ainda tentou fugir, mas a pedra certeira atingiu em cheio um de seus olhos. Seguiu-se a mais longa de todas as noites. Por causa da dor, ela percebeu que não poderia esperar o dia amanhecer para voltar para junto de sua mãe. Andando tão depressa quanto podia, ela trilhou o caminho mais tortuoso que uma gatinha daquele tamanho já ousou percorrer: perdeu-se incontáveis vezes e mil vezes passou pelo mesmo lugar, e nunca desistiu. Por fim, quando o dia já quase amanhecia, ela ouviu o miado carinhoso de sua mãe, que chamava os irmãos para o café-da-manhã. Piratinha correu a seu encontro tão feliz, que esqueceu do olho machucado. A mãe, como fosse uma gata experiente, soube que suas lambidas de nada adiantariam, porque o ferimento era grave demais. Os dias passaram, e o olho estava cada vez pior. Embora não se deixasse abater, Piratinha estava sofrendo muito. Foi por isso que, assim que Amendokrem pegou-a no colo, ela começou a ronronar. De algum modo, em sua pequena alma de gato, ela sentiu que finalmente receberia os cuidados de que precisava. Piratinha acabou perdendo o olho, mas está feliz. Em breve, vai ganhar um lar.

Tenda da Lua

Este texto eu escrevi há mais ou menos dois anos atrás, bem tarde da noite, assim que cheguei de um encontro do grupo. O trabalho encerrou-se em dezembro daquele ano, também com um encontro de fim-de-semana.
Cheguei agora do que por vício continuo a chamar Tenda da Lua. Pra quem não sabe, eram em tendas da lua que se reuniam as mulheres menstruadas em algumas tribos indígenas norte-americanas. Por definição então, é um espaço reservado às mulheres, referente àquilo que lhes é mais peculiar: o período de sangramento mensal.
Pouco se sabe sobre o que de fato ocorria nos dias em que as mulheres ficavam isoladas do restante da tribo, e o Victor alertou com razão que a segregação é uma evidência de que os valores patriarcais dominavam a cultura nativa. Apesar disso, não posso negar que a versão idealizada dessa história fala mais alto a meu coração.
Disseram-me que o tempo da lua era um momento de introspecção muito respeitado, no qual as mulheres se voltavam para si mesmas e restabeleciam o contato com a terra, da qual reconheciam ser feitas. As índias, ensinaram-me, deixavam que seu sangue escorresse diretamente para a chão, enquanto, livres dos afazeres domésticos e dos cuidados devidos a seus homens e filhos, ocupavam-se com algum trabalho manual. É claro que não conservamos a tradição de sangrarmos juntas, até porque, tendo estilos de vida muito diferentes, é virtualmente impossível fazer com que os estágios de nossos ciclos hormonais coincidam. Dessa tradição, porém, tomamos emprestado o nome e a idéia de encontros periódicos só de mulheres.
Somos um grupo pequeno, a maior parte de nós mulheres mais maduras, que se reúne todo mês pra compartilhar um pouco de suas vidas e experimentar o contato com o sagrado. Não professamos nenhuma religião nem nos intitulamos bruxas ou místicas, mas a manifestação feminina da divindade inspira nosso trabalho. De certo modo, a Tenda lembra grupos como os alcoólicos anônimos, pois também nos organizamos em círculos e ouvimos atentamente umas às outras, mas não é adequado dizer que seja uma espécie de terapia de grupo.
Na verdade, importa pouco o que fazemos nos encontros, pois o que me mantém ligada à Tenda é uma espécie de mágica que se manifesta quando estamos juntas. Os rostos que observo, as histórias alegres e tristes que poderiam ser minhas, a consciência de que as mulheres são capazes sim de estabelecer relações fraternas entre si, isso e algo mais faz com que, a cada mês, assim que tiro meus sapatos para entrar na sala desprovida de móveis, eu renove a sensação de que regresso à minha origem, a meu primeiro lar.
Como adiantei, propriamente já não faço parte da Tenda da Lua. Após quatro anos de encontros mensais, para evitar que o passar do tempo esvaziasse os propósitos originais, tornou-se necessário dar fim ao trabalho. Então, formado por mulheres que desejavam preservar o espaço de convivência, surgiram as Guerreiras da Luz.
O nome é péssimo, eu sei. Confesso que, mesmo sabendo de seu significado, não posso evitar que minhas bochechas corem cada vez que me vejo obrigada a repeti-lo.
O Victor deu boas risadas e disse que somos pretensiosas. Por um lado, devo dizer que ele resumiu a opinião majoritária até entre as mulheres que integram o grupo. Penso, de outro lado, que a escolha não visou a retratar aquilo que acreditamos ser, a não ser de modo bem metafórico.
Nenhuma de nós julga-se guardiã da luz, à moda dos contos-de-fadas. Nossos esforços muito humanos são dedicados ao desenvolvimento de uma certa integridade que se manifeste em cada ato de nossas vidas. Obscuro? É que não é fácil enquadrar no mesmo gênero coisas que vão desde a descoberta da vocação até a prática regular de atividade física. Não, eu não levanto às 5h da manhã nem canto mantras ao entardecer. Nunca, aliás, fui tão preguiçosa. Adianta dizer que também nunca fui tão feliz?

Tenda da Terra

Amendokrem está partindo hoje para um fim-de-semana diferente. Depois de quase um ano de encontros, as mulheres da Tenda da Terra, entre as quais está minha amiga querida, vão se reunir em Viamão a partir do entardecer desta sexta. Embora não tenha sido possível por causa do compromisso com a faculdade, gostaria muito de estar presente nesse momento, pois eu mesma já fiz parte de um grupo como esse há alguns anos atrás e sei o quanto ele é importante. Na minha história pessoal, eu o considero uma espécie de divisor de águas. A mulher que sou hoje guarda a marca dessa experiência. Mesmo que, durante este ano atribulado, eu tenha me afastado da Tenda, ela está ali, reverberando em meu coração e inspirando muitos dos passos que tenho dado. Sinto-me especialmente feliz por estar compartilhando essa experiência com alguém que é muito especial pra mim. Vejo o quanto esta mulher cresceu no últimos tempos e, ainda que não possa atribuir esse fato apenas ao trabalho da Tenda, sinto que, de algum modo, muitas das vitórias que ela comemora neste ano tem a ver com o fato de que ela está em maior harmonia com sua natureza feminina. Como muitas, nós duas tivemos de aprender a respeitar aquilo que a cultura nos ensinou a ignorar: nossos ciclos hormonais, nossas intuições, nossa emotividade à flor da pele. Nessas coisas, de regra tão desprezadas, estamos descobrimos a força que temos, sobretudo quando nos unimos umas às outras.
Vou aproveitar a oportunidade pra republicar em seguida um texto que escrevi há algum tempo sobre esse trabalho. Vou deixar que ele fale por si. Por ora, um bom fim-de-semana, Amendokrem, aproveite cada momento! Deni, lingüicim, quem sabe você não é a próxima?

Thursday, November 23, 2006

Presentinho para o amigo secreto!



Já que estamos na época natalina, aqui vai uma sugestão de presente que está dando muito o que falar nos EUA.
Vejam essa imagem de um inocente brinquedo lançado há poucos dias nos Estados Unidos. O produto é um aquaplay parecido com aqueles que bombaram no Brasil na década de 80.
Não, não é brincadeira, está a venda em vários lugares. Cliquem aqui, por exemplo.
Como qualquer um pode ver, esse brinquedinho tem uma certa aparência... fálica.
Por isso, alguns blogs norte-americanos começaram a divulgar o lançamento, uns tirando brincadeira do formato da coisa; outros, defendendo os "bons costumes", desceram a lenha nesse "troço obsceno".
Resultado: até o site Amazon retirou do ar a oferta do brinquedo.

Tuesday, November 21, 2006

What the fuck is that??


Procurando um ponto de interrogação para ilustrar o meu post do dia, que seria entitulado - Perguntas que não querem calar - eis que me deparo com isto. Um interrobang. Interroquê?? Que porra é essa??
De acordo com o maior repositório de cultura inútil da web - Wikipédia - o interrobang é:
The interrobang is a rarely used, nonstandard English-language punctuation mark intended to combine the functions of a question mark and an exclamation point.

Nunca vi mais gordo.
Bem, não é difícil imaginar em que situações se usa o tal sinal de pontuação...
Exemplos:
- Que merda é essa?! Para quê serve essa ...?! Quem foi que inventou essa naba?! Esse troço existe no Word?! etc, etc, etc.
Para maiores detalhes sobre a curiosa e interessantíssima história do interrobang, consulte: http://www.interrobang-mks.com/
O quê? Vai me dizer que tem um site sobre isso??!!
Tem.

O Superevangélico - As aventuras do Homem-Bíblia!!!



"Mike Peterson tinha tudo: riqueza, status, e sucesso. Mesmo assim algo estava faltando. Em um momento difícil, as palavras de um único livro deram a Peterson a irrecusável e urgente desejo de conhecer Deus. Agora, transformado pela palavra de Deus, e armado pela Sua Força, Mike Peterson se dedica ao seu juramento de lutar contra o mal em nome de Deus, usando a identidade do Poderoso Vingador da Verdade, conhecido como Bibleman. Nesta mais nova aventura veremos que o vilão Luxor Spawndroft finalmente cometeu o seu derradeiro erro. Mas não pense que agora é bem mais seguro se aventurar lá fora. Não é. Porque agora você vai conhecer um vilão mais sinistro e mais malvado ainda: o Primordius Drool! O superbandido intergalático e déspota do Mal."

Acreditem, isso existe. Clique aqui para comprovar e ver quandos volumes tem essa epopéia!

Monday, November 20, 2006

Rejeição!!!


Eu confesso, tenho problemas com rejeição! Sou do tipo que, se você cumprimenta sempre com um idêntico ‘olá’, e resolve falar um dia, para variar, algo diferente, como um ‘oi’, ficarei me remoendo perguntando porque você, seu canalha filhadamãe, não vai mais com a minha cara.

Tanto que é por isso que virei funcionário público. Morro de terror em pensar que eu poderia ser hoje ‘garção’ num rodízio de churrasco: a cada mesa em que eu oferecesse meu espeto (no bom sentido) ficaria suando frio imaginando a possível resposta ‘não’ do freguês. Imaginando se ele rejeitou a picanha porque não foi com a minha cara, porque percebeu pela insegurança da minha voz que eu estava com medo daquilo e resolveu tirar um sarro, se rejeitou os coraçõesinhos de galinha porque eu sou sobrancelhudo demais para o gosto dele. Pior ainda se me entregassem o espeto com o abacaxi para correr pelas mesas!!! Aí seria terrível! Insuportável! Jamais teria certeza se o dono da churrascaria fez isso porque tá na cara que sou inferior, ou seja, sou do tipo que pode levar o abacaxi de mesa em mesa só para levar um ‘não’ na cara. Eu ficaria horas procurando entonar a voz da maneira certa, escolher a frase milimetricamente correta ("O senhor aceita um abacaxi?" ou "Vai um abacaxizinho aí?") para encontrar o modo mais firme, mais decidido, quase coativo, de oferecer o espeto de forma irrecusável. Talvez eu cogitasse de levar um 38 na cintura.

Tanto tenho complexo de rejeição que é por isso também que não sigo a tradição da minha família e não viro cobrador de ônibus. Já até imagino: se eu sempre trabalhasse na mesma linha (digamos o T5), aqueles passageiros habituais, talvez depois dos primeiros dias, poderiam começar a dar notas altas, para me dificultar o troco. O magrão, que pega o bus todo dia às 7:00 da manhã, poderia vir com um sorriso malandro na cara, entregando uma nota de 50 ou 100 pila para pagar a passagem de R$ 1,85. Tudo porque saberia, pelo meu jeito, que eu jamais rejeitaria um passageiro por causa do troco (com medo de ser rejeitado) e o deixaria pular a roleta.

Aliás, falando em ônibus, foi por isso que eu comprei um carro. É, eu era do tipo de passageiro que morria de medo de ficar sozinho na parada. Não, não era medo de assalto: era medo do motorista do busão não parar para mim. Lá estava eu na parada, solito, e o ônibus vindo, vindo. Estendo a mão, o motorista olha minha cara de enjeitado, e decide passar reto. Não me quererem como passageiro do ônibus: esse era meu medo. Eu sempre ficava pensando qual seria o melhor meio de fazer sinal com a mão para o ônibus parar: esticar o braço todo de um modo decidido (mas aí o motorista poderia pensar que estou lhe ordenando, que sou imperativo, arrogante, e decidiria não parar) ou estendê-lo suavemente, em ângulo obtuso com o corpo, balançando ligeiramente a mão (mas aí o motorista poderia pensar que eu sou um fraco inseguro, e só de sacanagem decidiria não parar)? E qual a distância para começar a fazer o sinal: quando o ônibus está a 100 metros da parada (mas aí o motorista teria tempo para pensar se me pega ou não, e poderia escolher a segunda opção) ou à 10 metros (mas aí ele teria de freiar de bruscamente, e poderia decidir que os discos de freio do ônibus são mais importantes do que me pegar na parada)? E o pior seria se, caso o ônibus não parasse, ele estivesse lotado de passageiros, e todos olhassem para a parada, a fim de ver quem é o néscio que foi rejeitado até pela EPTC! Já cheguei a um dia, quando estava eu e uma velhinha na parada, pegar o mesmo ônibus que ela, embora ele fosse para a Restinga e eu quisesse ir para o Centro, só para não ter que ficar sozinho na parada.

Mas o carro também tem seus inconvenientes. Quando estou no semáforo, sempre odeio quando o guri que pede esmola ou vende balas passa reto pelo meu automóvel e vai pedir trocados ao motorista do lado! Mas como, ele acha que eu tenho cara de 'unha de fome'? Que não vou ter grana para comprar as balas? Que desaforo!

Enfim, até andar a pé é problemático. Por exemplo, essas pessoas que ficam distribuindo papéis publicitário nas esquinas: se as vejo a um quarteirão de distância, torço para nossos olhos não se encontrarem, pois é muito provável que elas decidam dar o papel para o sujeito na minha frente, mas simplesmente me pular na hora de distribuir o papelsinho da propaganda da Mãe Joana de Ogun (veja, em geral, essas videntes anunciam que curam dor de corno, seborréia, verruga, penúria financeira, varizes, mau hálito e o escambau, mas jamais complexo de rejeição! O que elas tem contra mim?) ou propaganda daqueles “Corte o cabelo por R$ 1,99” (O que esses caras tem contra meu cabelo? Acham que não merece ser cortado pelas ‘talentosas’ mãos do seu barbeiro???). Talvez da próxima vez que andar pela rua eu leve um 38.

Vou terminando por aqui meu desabafo, pois acho que ficou longo demais e todo mundo deve ter deixado de ler há muito tempo. Mesmo sabendo que isso é verdade, e que eu poderia ficar escrevendo mais por duas horas a fio um monte de confissões, ainda assim existe a possibilidade de que alguém esteja ainda lendo, por ter se indentificado com minha história, reconhecido seu oculto complexo de rejeição. Bem, se isso é verdade, e você ainda está aí, deixa eu me vingar de todos os anos de temor, em cima de você: Cai fora, seu freak! Esse texto não é para você, seu doente cheio de complexos! É para pessoas normais, como eu! Pare de ler, imediatamente!

Tijolão na minha vidraça!!!

Manhã de segunda-feira. Faltam 34 dias para eu ir para algum lugar. Deus sabe onde!! O problema é que Ele ainda não me contou. Já tentei bolar o PlanoB, C, D, E....mas na verdade eu sei que é inútil. Quem joga as cartas é Ele...mas isso não me poupa de arrancar os cabelos e de ter mais um episódio da minha habitual e world famous paranóia matinal.
Sim, acordei achando que tudo vai dar errado...só faltava a trilha sonora para esse meu pity matinal...eis que abro o blog da Vanessa e lá está ela ( que na maior cara de pau eu reproduzo aqui para vocês) ...é phoda, mizifilha!!!


O Mundo é um Moinho
(Cartola)
Ainda é cedo amor
mal começaste a conhecer a vida,
já anuncias a hora da partida,
sem saber mesmo o rumo que irás tomar.
Presta atenção querida,
embora eu saiba que estás resolvida,
em cada esquina cai um pouco a tua vida,
em pouco tempo não serás mais o que és.
Ouça-me bem amor, preste atenção,
o mundo é um moinho,
vai triturar teus sonhos tão mesquinhos,
vai reduzir as ilusões à pó.
Presta atenção querida,
de cada amor tu herdarás só o cinismo,
quando notares estás a beira do abismo,
abismo que cavastes com teus pés.

Friday, November 17, 2006

Fairy Tale


Quem hoje me vê faceira e despreocupada talvez não imagine que já vivi meus dias de vacas magras. Tempos atrás, quando a última novidade do mercado de refrigerantes antendia pelo nome de Cherry Coke, o dinheiro era tão curto, que almoçar fora era um verdadeira excentricidade. Como outros estagiários, eu costumava trazer a refeição de casa em pequenos potes plásticos, que aquecia no microondas de uso coletivo. O menu variava muito pouco. Num dia, era arroz e guisadinho de batata; noutro bifinhos ao molho de tomate; depois era a vez do guisadinho de cenoura. Lembro-me de invejar secretamente as lasanhas e os fricassês que os mais abonados engoliam com prazer a meu lado. É verdade que, graças à limitação orçamentária, nunca tive problemas com a balança. Quero dizer, nunca estive acima do peso. Isso porque eu seria capaz de gastar todo o meu salário com quem me fizesse engordar um pouco. Eu era tão magrinha, que precisava de alguns truques para parecer mais volumosa. Não que eu acertasse sempre. Uma vez, comprei na Carlos Alberto um macaquinho de cetim vermelho para ir a uma festa dos alunos da Medicina. Por muito tempo, o modelo cintilante foi piada entre as meninas da faculdade. Mas ser magra e meio jeca não era nada. Ruim era que, para visitar a melhor amiga eu precisava pegar dois ônibus, e a viagem nunca demorava menos de duas horas. E tinha de levar uma sacolinha para passar a noite, porque voltar, nessas condições, acabava sendo perigoso. Pior era ter de recusar o convite para ir à praia por não ter como pagar cinqüenta reais. Hoje em dia, quando penso sobre isso, sinto-me como a gata borralheira que se transformou em cinderela. Só que a fada-madrinha fui eu, e a varinha de condão o dinheiro que ganhei com meu próprio esforço. Quanto ao príncipe encantado, bem, esse eu conheci anos depois que o baile terminou.

Monday, November 13, 2006

CHINELAGEM!!! Dando uma rapidinha!

Ha! Vocês pediram e eu voltei! Também, se não tivessem pedido, eu voltava igual....tava há muito tempo sem falar umas besteiras, menos familiares, digamos assim.
Desse modo, seguindo os conselhos da Vivi, resolvi brindá-los com um pequeno conto cômico-erótico.
Melany era uma senhoura respeitável, mãe de família, pessoa da sociedade, educação católica e tudo mais que uma mulher digna da capa da Caras pode ser. Tudo ia bem na sua pacata vida de mulher casada, fiel e temente à Deus até que um dia, enquanto finalizava seu make up básico, num toilet repeitável, numa festa high society, verificou que tinha esquecido o seu blush pêssego melba da Lâncome em casa. Para a sua sorte, outra senhoura igualmente distinta aproximou-se dela naquele mesmo momento e, gentilmente, lhe ofereceu ajuda, puxando da bolsa um luxuosíssimo estojo dourado. Melany abriu o estojo e, maravilhada, verificou que aquele era exatamente o tom que há muito procurava. Melany então começou a aplicar o pó em sua face quando, acidentalmente aspirou um pouco do conteúdo do estojo, o que lhe produziu uma coceira aflita no nariz, fazendo-a espirrar. Curiosamente, Melany nunca havia espirrado na sua vida, até então. Foi aí que se deuum fato estranho, que modificou para sempre a vida de Melany.
Havia algo de peculiar nas narinas de Melany, que ao serem tocadas suavemente pelo vento ou pelo pó, produziam uma sensação inebriante e sensual que a faziam fechar os olhos e não aguentando mais aquele prazer absoluto culminavam num som orgásmico e devastador. Era uma situação embaraçosa, uma vez que os espirros começaram a ser mais freqüentes (provocados ou não) e em locais públicos e, muitas vezes, na presença de menores de idade. Mas Melany não podia fazer nada, não podia evitar aqueles incidentes que secretamente lhe proporcionavam tanto prazer. Acusada de atentado violento ao pudor, evitada pelas mães dos coleguinhas de seu jovem filho, acusada pelo marido de conduta indecente e vergonhosa, Melany viu-se em desespero, mas não podia controlar-se e furtivamente escondia-se nos banheiros com o estojo de pó compacto na ânsia de saciar o seu desejo.

Segunda-Feira

Ouso afirmar que já conheço os pensamentos que lhes inundam as mentes. Ah, mais um post de tema ambíguo e conteúdo duvidoso. Sim, sou eu outra vez, a autora do post sobre a bomba de potássio e outra ignomínias que rogo não ter de mencionar. O caso é que mais uma semana teve início e, até agora, nenhum dos meus colegas mais inspirados retornou à labuta. Sempre atenta às necessidades dos leitores, resolvi tomar a peito a tarefa ingrata. E digo ingrata porque, munida de tão parcos talentos, quase nada posso fazer para acrescentar algum interesse ao dia de nossos amáveis leitores. É verdade, meus caros, que meu fim-de-semana, arrasado por obrigações de ordem moral e cívica, acabou por reduzir muitíssimo meu repertório. Por certo, os poucos de vocês que me acompanham até aqui não estão interessados nos detalhes que, com grande esforço, poderia dar sobre a sabatina a que me submeti no domingo. Um número considerável de leitores provavelmente ter-me-á deixado ainda nas primeiras linhas. Quem poderá culpá-los? Não sou eu quem vaga sem destino no mesmo oceano que Camões singrou com maestria? Resta-me agradecer a companhia dos espíritos misericoridosos que ousaram fazer parte de minha tripulação. A todos, meditabundos, cabisbaixos ou injuriados, desejo uma ótima semana. Que as musas agraciem meus companheiros com os dons que a mim tem reiteradamente negado!

Friday, November 10, 2006

Só tenho uma coisa para dizer para vocês...


"I don´t care if Monday is blue,
Tuesday is gray and Wednesday, too
Thursday, I don´t care about you
it´s FRIDAY, I´m in LOVE!!!"
(The Cure)
Hehehhehe...fui!!!

Thursday, November 09, 2006

A Fuga das Lingüiças


Depois de mais um almoço apocalíptico no Morte Lenta, chegamos a um consenso. Temos que traçar o nosso plano de fuga da República das Bananas!
Envelhecer na Corte, em Porto Alegre e, em última análise, no país é um pesadelo que nos têm tirado o sono, nos levado à rabugice profunda e ao consumo excessivo de café.
O plano é simples. Nos mudaremos em bloco (como boas lingüiças) para o Velho Mundo ou o seu genérico sul-americano (Argentina ou Uruguai).
Existem, no entanto, alguns detalhes que precisam ser estudados como, por exemplo, o que faremos para complementar a nossa parca renda de aposentados do INSS. Amendokren, nossa economista de plantão, já está fazendo os cálculos, sob minha supervisão atenta, de quantos euros precisaremos para manter uma vida digna em um local civilizado.
Entre as nossas alternativas estão: montar um restaurante de comida brasileira, montar um pequeno comércio de artigos genuinamente brasileiros, nos tornarmos dog-sitters ou, simplesmente, parasitas de Viviane, que em breve terá habilitação para atuar como psicóloga em qualquer de um dos nossos prováveis destinos. Certamente ela precisará de um sócio, uma secretária, uma cozinheira e um personal-marido e babá full time!!
Resolvidas essas pequenas questões logísticas, os queridos leitores, dento de 20 anos, aproximadamente, estarão recebendo notícias nossas de terras longínquas ( ou nem tanto!).
O último a sair, por favor, apague a luz!!!

Tuesday, November 07, 2006

As Lingüiças Osmóticas


Num cenário mal iluminado, vislumbram-se as engrenagens de uma máquina industrial. Numa das extremidades, um homem atarracado afasta algumas moscas. Usando um avental repleto de manchas e munido de uma pá, ele alimenta o mecanismo com bolos de carne moída. Acompanhando o trajeto da carne, entre silvos e baforadas, a câmera demonstra o processo de fabricação de uma lingüiça. O produto final é arremessado num grande container, onde, por arte de um segundo funcionário, a lingüiça é amarrada a outras duas. Junto do chão escuro e úmido, distingue-se a silhueta de um roedor. Aproximando-se do container, a câmera flagra algo surpreendente. As lingüiças recém atadas começam a se contorcer, primeiro lenta e depois quase freneticamente. Entumescidas, elas dobram de tamanho em poucos segundos. Para horror do operário que tudo acompanha, elas saltam ao chão e, num movimento rápido, grudam-se à sua canela. Em vão, ele grita: o som de sua voz é abafado pelo ruído incessante da máquina, que continua a verter novas lingüiças. Seu rosto cobre-se de suor: ele tenta com todas as forças libertar-se, mas as três continuam firmemente presas. Muito pálido, ele leva as mãos ao pescoço para afastar a gola da camiseta, aparentando dificuldade para respirar. Por fim, o homem parece desistir. Seus olhos fixam-se num ponto indefinido. Tombando ao chão, ele solta o último suspiro.
Em letras rubras, um nome toma conta da tela. As lingüiças Osmóticas.

Enfim!!!

Finalmente, após custosas diligências e cuidadosa ponderação de todas as provas apuradas no caso da queda do avião da Gol, alguém logrou solucionar a verdadeira causa do desastre! Clique aqui.

Psi-trance



Last night something beautiful happened. I had this insight, epiphany, spiritual moment or whatever you want to call it. No, I was not on pills, at least not that kind of pills. Anyway, I was laying in bed, thinking about my life ... when I got the answer to one of the deepest questions of all. Don´t laugh!! A little respect, ok.
I´ve always wanted to know what the hell are we doing here, I mean, if there is a God (and I believe there is one), why did he create us??? And I though, why do people paint, compose, dance, perform, write? Why does art exist? You see, what I mean? It´s all about beauty, letting beauty flow and create life and meaning. So, why it´s not all perfect and harmonious and beautiful in life, since it´s something like ‘God´s little piece of artwork’?
Hell! It is, you see, it´s all about perspective...about lights and shadows and angles...and last night I was feeling so tunned to this cosmic energy or something that it made me cry. I felt so happy to have solved the mystery of life. Ha! I know, this is really funny, but it does make sense...come on!! It does. God may be laughing in a cloud somewhere staring at me...and thinking "Wally!"...but who cares, when a simple thought like this can make you smile and appreciate life more. Who cares when it fills my heart with love, when I feel so spiritual and blessed.
Go on, laugh....but think...I´m not that crazy, am I??

Monday, November 06, 2006

Piada "interna corporis"

A boneca da Macaca:

Essa é a "Baby Assadinha". Sim, isso mesmo, "assadinha"! Segundo os fabricantes (clique aqui), "quando você passa água morna a assadurinha some e ela chora e ri!"

Saturday, November 04, 2006

Friday, November 03, 2006

Os dez filmes que precedem o suícídio (ten films you should watch before you kill yourself)


Ok, confesso que não ando no que eu chamaria de os meus dias mais alegres, mas fazer o que quando nem a NET salva, pelo contrário, quando se liga a televisão e está passando um filme de cortar os pulsos...e por completa falta de opção e masoquismo você assiste de novo até o fim.
Bem, pelo menos o filme me inspirou a escrever...a escrever uma lista dos 10 filmes que mais me deprimem.
ATENÇÃO!! NUNCA, JAMAIS, EM QUALQUER HIPÓTESE veja todos eles no mesmo dia...o risco de você pular da janela e vir puxar o meu pé à noite é muito grande!!
1 - Requiem para um sonho (Requiem for a dream, 2000)
A jornada profunda no mundo das drogas através de dois personagens principais. A mãe torna-se viciada em comprimidos para emagracer, enquanto o filho injeta-se todos os dias com seus amigos. Suas vidas logo se tornarão um inferno e seus destinos prometem não ser dos melhores.
Disparado o filme mais opressivo que eu já vi! Mas as imagens são lindas, de um lirismo corrosivo, eu diria.
2 - Despedida em Las Vegas (Leaving Las Vegas, 1995)
Ben Sanderson (Nicolas Cage) é um alcólatatra que acaba de ser demitido da produção de um filme. Deprimido, Ben dirige até Los Angeles decidido a beber até morrer. Lá ele conhece uma prostituta ao qual se apaixona (Elisabeth Shue), desenvolvendo uma relação de respeito em relação a vida que levam: ele bebendo cada dia mais e ela se prostituindo.
3 - Crash, no limite (Crash, 2004)
O roubo de um carro de luxo provoca o encontro de pessoas das mais variadas classes sociais e origens étnicas em Los Angeles. Com Sandra Bullock, Don Cheadle, Thandie Newton, Ryan Phillippe, Matt Dillon e Brendan Fraser. Vencedor de 3 Oscars.
4 - Brilho eterno de uma mente sem lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind, 2004)
Jim Carrey interpreta Joel, um marido magoado por sua esposa tê-lo deletado (literalmente) de sua memória. Inconformado, resolve retribuir na mesma moeda e procura o Doutor Howard Mierzwiak para passar pela mesma experiência. No decorrer da operação, Joel percebe que, na verdade, ele não quer excluir Clementine de sua vida, e sim manter bem viva em sua memória os momentos em que estiveram felizes. A partir de então, ele enfrenta uma incrível luta dentro de sua própria cabeça para que essas memórias continuem vivas dentro de si, em mais uma loucura sensível de Charlie Kaufman.
5 - Encontros e desencontros (Lost in translation,2003)
Bob Harris, um ator decadente vivido por Bill Murray, e Charlotte, jovem esposa de um fotógrafo vivida pela bela Scarlett Johansson, se encontram durante uma estada temporária no Japão, onde desenvolvem um singelo relacionamento.
Ok, você deve estar pensando..."não é tão deprimente assim..." mas é sim, pelo menos pra mim. Dói assistir esse filme.
6 - As pontes de Madison (The Bridges of Madison County, 1995)
Após a morte de sua mãe, dois irmão se reencontram e, através de cartas, descobrem um caso que sua mãe teve há vários anos com um fotógrafo da National Geographic, quando ambos haviam viajado com o pai. Ao invés de condenarem a mãe, eles tentam entender sua atitude, refletindo sobre os seus próprios casamentos. Indicado ao Oscar de Melhor Atriz, para Meryl Streep.
7 - Hora de voltar (Garden State, 2004)
Andrew Largeman é um ator falido em Los Angeles. Certo dia, um telefone de seu pai o faz voltar para sua cidade em New Jersey, onde ele terá que confrontar-se com demônios pessoais.
8 - O sol de cada manhã (The weather man, 2005)
Do diretor de O Chamado e Piratas do Caribe, conheça a história de Dave Spritz (Nicolas Cage), um repórter que passa por dois momentos totalmente distintos: enquanto sua vida pessoal vai de mal a pior, sua vida profissional nunca esteve tão boa.
9 - Magnólia (Magnolia, 1999)
Um filme complexo onde nove histórias de nove diferentes pessoas, aparentemente desconhecidas entre si, acabam cruzando-se em um dia qualquer no vale de San Fernando, na Califórnia. Contando com um elenco estelar, o filme tem um clímax extremamente intenso e arrebatador, onde tudo se conecta de forma perfeita.
Você nem precisa ver o filme para começar a chorar, basta escutar a trilha sonora de Aimee Mann.
10 - O filho da noiva (El hijo de la novia, 2001)
Rafael é um quarentão que separou-se da esposa há três anos e agora tem uma nova namorada. Também possui uma filha, a quem vai ver sempre que possível, com toda liberdade. Ele é dono de um restaurante, propriedade de sua família há muitos anos, que está passando por uma crise, devido à situação econômica na Argentina. Seu pai, um sujeito engraçado, de bem com a vida, tem um único arrependimento: não ter se permitido casar-se na igreja, por questão de crença (ou falta dela). E ele decide que já está na hora de fazer isso. O problema é que sua esposa tem Mal de Alzheimer, e mal pode reconhecer sua família. Junto com seu filho, eles devem apressar-se para realizar a cerimônia antes que a doença avance mais ainda.
Humm, com certeza até amanhã eu mudo de idéia quanto a uns 3 ou 4 desses filmes, mas foi o que deu para lembrar em poucos minutos...
E aí, vamos lá?? Um, dois, três e .......Aaaaaaaaaahhhhhhhhhhhh!! (Adeus mundo cruél!!)

Thursday, November 02, 2006

Prozacnation

Venho pensando em escrever este post há algum tempo, há muito tempo para ser sincera, mas me faltava inspiração, ou seria coragem?
Falar de antidepressivos é complicado. Sim, com certeza você já está me dando aquela olhada meio atravessada, aquele olhar desconfiado, aquele sorriso tentando disfarçar a pergunta..."Ah, tá! Vai dizer que você também toma isso?".
Sim, eu tomo. Eu e a torcida do Flamengo. Algum problema??
Sim, parece que esse é o problema. Tem gente demais tomando então se não bastassem os problemas que te levam a tomar o remédio, você tem que lidar com o preconceito ligado a tomar esse tipo de remédio. Tomar remédio para a pressão é uma coisa, agora vai na farmácia comprar um remédinho tarja vermelha ou preta pra você ver!! É como se você fosse um leproso ou tivesse uma grande falha de caráter, sim, porque ou você tá tomando porque é um idiota seguindo um modismo ou então pior, você é uma pessoa problemática, um caso psiquiátrico!!
Quer saber? Foda-se!
Isso mesmo, FODA-SE!!! Só quem está lá dando a cara a tapa com aquela receita amassadinha na mão lá no fundão da farmácia sabe o quanto foi difícil chegar lá, o que teve que suportar e fazer os outros suportarem até ter a coragem de dizer "Pára o mundo que eu quero descer!Eu não agüento mais viver assim!"
Eu não sou defensora incondicional dos remédios, mas sou defensora incondicional da felicidade. Então se esse for o preço, que seja!
Não o remédio não é a cura para todos os males, mas ele é o veículo, ele é a chave que abre a porta daquele baú onde você enfiou um monte de problemas uma vida inteira. De posse da chave você abre o baú, mas só vai esvaziá-lo com a ajuda de um psiquiatra ou um psicólogo, do contrário como saber o que você deve guardar e o que você deve jogar fora??
É um processo lento e dolorido retirar os esqueletos do baú, espaná-los, olhá-los nos olhos, desfazer-se deles. É engraçado como a gente se acostuma com a infelicidade, se afeiçoa a ela de tal modo que fica com medo de acordar sem vontade de chorar, fica com medo de mudar...sabe-se lá o que a vida reserva pra nós fora dessas muralhas?! Eu não sei mesmo o que tem do outro lado, mas eu quero descobrir, eu não quero perder mais um segundo...a vida é curta demais para a gente ficar sentindo medo.