Day After

Pois é, gente, cá estou eu outra vez. No geral continuo a mesma, embora alguém tenha comentado que meus cabelos parecem ter crescido como capim [a analogia não pode ser mais adequada e, pra quem duvida, basta ver o meu retratim]. Voltando os olhos para dentro de mim, porém, sou capaz de avaliar melhor os estragos deste período de retiro forçado. Tico e Teco [chuif!] não estão mais a meu lado. Sobrecarregados com a quantidade de informação que ousaram deglutir num período tão curto, eles sofreram uma congestão fatal. Desde segunda-feira, tento colocar a casa em ordem sem grande sucesso. De um lado, são bitucas de cigarro e garrafas vazias; de outro, jornais velhos empilhados. Em cima do sofá estão as roupas por lavar. Teias de aranha, of course, em todos os cantos. Não consigo fazer qualquer coisa produtiva, porque, esta é a sensação que tenho, depois que começar, nunca mais vou conseguir parar. Assim, por enquanto, tento viver um dia de cada vez, mexendo-me o menos possível, num clima meio assim "depois daquele porre". À noite, afasto as meias sujas de Teco do meu travesseiro e me forço a conciliar o sono. Durante o dia, evito olhar pras coisas que me fazem lembrar deles. Sinto que que precisaria de uns dias longe de tudo pra cicatrizar essa ferida. Eis, meus amigos, o meu sombrio relato desses primeiros dias. Espero encontrá-los em breve, quem sabe já um pouco mais animada. Até!