Wednesday, October 11, 2006

ULTIMATE FIGHT


'Quem são essas pintas aí em cima? ' ...o leitor deve estar se perguntando...ainda não direi...vamos ver se você adivinha quem é quem...ohohohoh!!
Hoje de manhã quando ia para o trabalho travei um interessante diálogo com Pópis (papai) sobre política (nacional e internacional) que, em determinado momento, descambou para uma questão mais filosófica, digamos assim, quando fiz a seguinte constatação:
- "Pópis, perdi a crença na humanidade, acho que o ser humano não é essencialmente bom!"
Ele acabou não emitindo maiores comentários, uma vez que eu já estava saindo do carro quando disse isso, mas enfim...aquela idéia ficou na minha cabeça.
Ao chegar na Sala da Justiça, mais política! ....
-"Fones de ouvido, ativar!!!"
Mas não pude deixar de registrar algumas frases, até porque o debate político se deslocou para a minha caixa de mensagens, mas como eu estou num momento zen-contemplativo, again, fiquei cool, mas a idéia persistiu...
-"O ser humano é essencialmente mau?"
O dia seguiu e, novamente, fui assombrada pela inquietante questão filosófica, dessa vez levantada através de observações mázinhas de Hugh, meu colega de redação, acerca do desejo de ver famosos vilões dos desenhos animados vencerem a infindável luta do bem contra o mal. Então, me peguei refletindo sobre as minhas manhãs infantis assistindo desenho animado no chão da sala, torcendo pro Coiote dar um pau naquele filho-da-puta do Papa-Léguas, ou então pro Gaguinho torcer o pescoço do Pernalonga (odeio o bordão "Que que há heim, velhinho?' Grrrrrr!!!), em quanto eu adorava o Mutley (que na verdade era um sádico cretino, pois ria do seu próprio parceiro de maldades) e fiquei pensando que talvez a minha constatação de hoje de manhã não tenha sido apenas pessimista, mas bastante coerente, na verdade.
Alguém poderia levantar questões como atos de heroísmo e desprendimento realizados impensadamente por criaturas em situações extremas, argumentando que 'não seria isso a prova de um altruísmo instintivo?'
Nãaaa, acho que não. Acho que àquela fração de segundos em que o ato heróico acontece, antecede um desejo de recompensa e reconhecimento, em nível inconsciente, mas acontece...motivado por uma moral religiosa ou o que quer que seja, mas está ali.
Bom, então eu não acredito em bondade pura e simples? Não sei...o ultimate fight entre Rousseau e Hobbes continua na minha mente.
E aí, já deu pra saber quem é quem nas fotos??? ; )

4 comments:

Victor said...

O primeiro se não me engano seria o Rosseau, o segundo não tenho idéia, mas deduziria que é algum velho ranzinza como Locke, ou similar. Mas olhando a ambos, também daria p responder: o primeiro é uma mocinha vaidosa, o segundo é um velho peidorrento. Ah, e não me diga que todos os seres humanos são maus, pois daí qual seria a graça de eu ser malvadinho??? Quero que todos sejam bonzinhos, senão perde a graça irritá-los! Buáááá!

Deni Meyer said...

Bem, a mocinha Vaidosa é Rousseau e o velho peidorrento é Hobbes.
Mas não se preocupe, Hugh, ainda que eu tenha razão e sejamos todos maus, a maioria não admite o lado negro da força, de modo que sempre haverá espaço para os malvadinhos assumidos! Hehehehe.

Victor said...

Só para embananar tua cabeça: o fato de que, embora sejamos malvados na essência, façamos tanta questão assim de parecermos aos outros (e a nós mesmos) como bonzinhos (a ponto de criarmos dezenas de religiões e filosofias que valorizam a virtude, a ponto de os protagonistas dos filmes americanos serem sempre bonzinhos) já não prova que, se no fundo somos malvadinhos, no fundo do fundo somos é mesmo bonzinhos (porque queremos ser isso, apesar de nossa índole)?

Deni Meyer said...

Putz! Comprexa a coisa, não?
Err, bem, teu raciocínio faz sentido...(pensando)