Tuesday, October 31, 2006

High society

A idéia é no mínimo inusitada e engraçada...mas sabe que faz sentido...

A maconha como solução para o Oriente Médio

Terça, 31 de outubro de 2006, 07h57
Wálter Maierovitch, do IBGF

Depois dos encontros "Pic-nic com Maconha", ocorrido em TelAviv, e "Paz e Drogas no Oriente Médio", em Jerusalém, aconteceu na última semana o "Joint Árabe-israelense", no famoso campus Beit Mayersdorf da Universidade de Jerusalém (Monte Scopus). O assunto: a questão da paz e as políticas de drogas para o Oriente Médio. A conclusão: a maconha e o haxixe seriam bons instrumentos para a construção da paz.
O evento foi organizado pelo partido político Ale-Yarok (Folha Verde), liderado por Boaz Wechtel. Além de estudantes, estavam presentes ativistas pela paz árabes e israelenses.
Para os organizadores e alguns ativistas, "na busca da paz na região, a maconha e o haxixe (hashish na língua hebraica - o haxixe é a resina extraída da folha e inflorescências da cannabis fêmea) têm papel fundamental, uma vez que aliviam tensões. As principais conclusões do encontro são as seguintes:
1- A maconha e o haxixe tornam as pessoas menos agressivas e dialogam com os espírito desarmado;
2- A legalização representaria um duro golpe contra o terrorismo, pois o tráfico de haxixe representa fonte de financiamento do Hezbolá.
3- A legalização do plantio de maconha ajudaria os agricultores da região que vêm experimentando prejuízos há anos.

Walter Fanganiello Maierovitch é colunista da revista Carta Capital e presidente do Instituto Giovanni Falcone (www.ibgf.org.br).
Terra Magazine

O Centésimo Post


Acaso nenhum dos meus colegas de blog esteja escrevendo neste exato momento, este será o centésimo post do nosso bloguinho querido. Eu imaginava que não chegaríamos tão rápido a essa marca. De minha parte, tenho escrito em condições precárias: janelas minimizadas, ambiente pouco acolhedor e interrupções abruptas - se é que me entendem - vem comprometendo não só a minha produtividade como também a qualidade do que tenho postado. A Deni e o Hugh, porém, têm sabido manter a peteca no ar, mostrando criatividade e humor refinado. Os momentos mais alegres das minhas manhãs vem sendo aqueles em que um dos dois invade a minha tela para me avisar: tá no ar! Eu paro o que estiver fazendo pra ver o que os dois andaram bolando. A Amendokrem foi uma revelação. Demorou pra escrever o primeiro post, sofreu quase como se tivesse uma unha encravada, mas, quando o fez, foi tão autêntica, que acabou criando uma outra face pro blog. Seus posts coloridos, sucesso de público e crítica, mostram que também temos um coração terno. Pra mim, aliás, o grande barato dessa brincadeira tem sido exatamente este: de personagem de novela a crítico de arte, aqui todos nós podemos ser qualquer coisa que desejarmos. Estamos todos em casa.

Sunday, October 29, 2006

Um post cabeludo....ou nem tanto....



PÊLO amor de Deus!!! Que aPELAÇÃO!!!
Trocadilhos à parte...esses comerciais estão geniais!!!

Saturday, October 28, 2006

"There´s beauty in the patterns of life"



Acordei meditabunda, ou melhor ando meditabunda, ou talvez mesmo este seja o meu estado natural nos últimos tempos. Mesmo falando uma pá de bobagens por dia eu me sinto num estado permanente de contemplação. Uma necessidade estranha de ouvir os sons da natureza, o silêncio, sentir o vento, o calor do sol, olhar o céu estrelado ou mesmo nublado à noite. Uma vontade de me sentir parte de algo, de um relacionamento, de uma mudança, de uma coisa boa, de um amor, de um projeto ou simplesmente do mundo. E de alguma forma acho que esse meu desejo de comunhão com os outros está sendo atendido. Estranho que eu me sinta tão só às vezes neste processo, mas eu acho que isso faz parte, talvez esteja faltando fazer a última e derradeira comunhão comigo, me religar à mim mesma.
O mais emocionante de tudo isso é a percepção de que cada pessoa que aparece ou re-aparece na minha vida está no meio de uma busca também e nesse processo aprendemos mais alguma coisa, e damos um passo à frente. Lingüiçinhas? Talvez. É preciso não desprender os elos, esticar a corda, mas não se desprender, os vínculos não são correntes, são a malha que nos apara quando estamos em queda, que nos conforta, descansa, acaricia e faz recobrar o fôlego para seguir na busca.
Ontem à noite conversando com a Karen e olhando para o pessoal na mesa do bar; lembrando do presente que ela e o Luciano me deram no meu aniversário, não o CD (que é ótimo, diga-se de passagem) mas o carinho e aquela poesia do Vinícius (que eu nunca vou esquecer); olhando para o Severo (lembrando da poesia do Mário Quintana que ele recitou no último churrasco); lendo os textos da Vanessa (lindos, amiga!!!); pensando na minha irmã; na oportunidade que eu estou tendo de conviver com os meus pais; pensando naquela tarde com o Conrad no parque em Buenos Aires; no Pedro (meu irmãozinho de coração!); no olhar de ternura do Sam; naqueles almoços em família e na dança dos pais dele com a Martha, o Des e as crianças; pensando naquela noite há anos atrás em que eu e o Marcus choramos juntos assistindo um filme; nas minhas conversas intermináveis com o Robbie; pensando na minha tia Inês; no abraço na Vivi quando a gente fez as pazes; nas coisas que o Victor me disse no telefone naquela tarde (quando eu liguei chorando e pedindo colo); no olhar meigo dos meus cãezinhos; olhando as pinturas que a vizinha veio mostrar pra nós hoje de manhã...e pensando em tantos outros momentos da minha vida eu cheguei à conclusão de que a vida da gente é uma colcha de retalhos, pequenos fragmentos de poesias, de amor, de beleza e que fazem um desenho único que é cada um de nós. E que a gente não seria nada se não fossem esses fiozinhos que nos ligam a cada pessoa.
Obrigada pelo espaço, pela paciência e pelo laços que nos unem.
Um beijo no coração de cada um de vocês!
Deni (meditabunda e chorona)

Friday, October 27, 2006

Quem matou Sony???

No intuito de solucionar o brutal assassinato de Sony, abrimos este espaço no blog para investigar o crime, levantar suspeitos e tentar, desesperadamente, colocar um fim ao que, certamente, poderá se tornar a maior carnificina da história da internet!
Suspeito n° 1
Kelloggs - o mais perigoso e conhecido Cereal-Killer do mundo. Veja como ele segura a colher. Sendo um tigre tão bem nutrido com cereais açucarados e crocantes, certamente teria a força necessária para num só golpe decepar a cabeça de Sony. A motivação? Bem, australianos comem cereais no café-da-manhã e Kellogs é um cereal-killer...
Suspeito n° 2:
Ghostface - O cara já matou todo mundo em O Grito 1, 2, 3... porque não matar mais um? E até que são bem parecidos, não são?
Suspeito n° 3:
Jason - A máscara é igual, o cara adorava cortar uma cabeça...só o modelito S&M é que num tá fechando...


Suspeito n° 4:

Hugh - Nãaaaa....capaz que nosso querido colega de redação seria capaz de praticar tamanho desatino! Tá bem que ele é malvadinho, mas assassino já é demais!!!

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Sexy in The City das Lingüiças Assassinas!!!

Esse blog anda muito bonzinho.

Como todos sabem, o que dá ibope mesmo, o que todo mundo quer ver, é sangue, sexo e baixaria. Pois bem, nosso canal de comunicação, orientando-se pelas últimas pesquisas Datafolha, que apuraram as preferências do público, decidiu criar uma versão hardcore dos mais preferidos seriados, que será exibida após a meia-noite (em algum lugar do mundo, agora, é meia-noite), trazendo cenas mais picantes e violentas. Assim, juntamos todos e criamos o seriado:

Sexy in The City das Linguiças Assassinas!!!

Episódio I (o roteiro é rápido, pois vai direto ao que interessa)

O que os ingênuos que assistem à versão light não sabem é que, quando Sony despediu-se da romântica Daisy, voltou logo para a Austrália, abalado pela experiência marcante que foi conhecer tão impactante linguiça.

Retornando ao seu lar, Sony decidiu ir dormir pois estava exausto, esgotado, triturado, consumido pela personalidade magnética de Daisy. O australiano, mal tinha feito suas orações diárias à idolatrada Rainha da Inglaterra, colocado a parte de cima de seu pijama e pego seu ursinho de pelúcia favorito, para tirar uma nonoca dotosa na caminha da mamãe, quando surgiu um estranho mascarado, empunhando uma serra elétrica e um Rifle R69 do Exército Israelense.

Sony nem viu quando foi barbaramente decepado.

Com sua cabeça ainda voando pelo ar, só teve tempo de proferir as seguintes palavras e a resposta a seguir:

- Nããããooo!!! Por queeeeee???

- Huahuahua! Não tem “porquê”! Nós, salaminhos desgarrados, odiamos todos vocês, humanos!!! Isso é por todos os anos que eu e minha raça fomos fatiados com facas de cozinha no café da manhã! Seu burguês imperialista lambedor das botas da Rainha!

Quem será esse terrível mascarado??? O que ele quer??? Por que a polícia, ao chegar no local, não conseguiu encontrar o ursinho de Sony??? Onde está o PCS??? Essas respostas e outros surpreendentes eventos serão respondidos no próximo episódio, quando eu tiver saco e tempo de escrever.

Thursday, October 26, 2006

O dia de aniversário que começou errado. Ainda bem!

Hoje é meu aniversário, e eu me sinto bem maior, bem maior do que eu era antes.... hihihihihihi. Pessoas, hoje começou mal meu aniversário, ainda bem. Vou explicar. Meu almoço com meus pais furou. Adivinhem? É "obóvio", minha irmã ligou para minha mãe dizendo que sua empregada não tinha se apresentado ao posto de trabalho, logo teria que mandar minha sobrinha para lá, e esta, por sua vez, deveria estar na escola às 13h30min, ou seja, impossível sair da famigerada Vila, chegar no Moinhos de Vento e almoçar decentemente. Entonce, como sempre acontecera na infância, me pediram para "entender", confesso que até chorei, coitados, ficaram se sentindo culpados, mas...Até umas 15h estava com um nó no peito, qui pitiquipiriu viu! Liguei para o meu consorte pra me lamentar e ele me consolou, mas não perdeu a oportunidade de dize-me algo que definitivamente me fez despertar, pediu que eu aproveitasse o fato de estar com meus pais vivos, ter amigos e o amor dele, porque hoje teve que dizer a um paciente de 10 aos de idade que sua mãe morreu, pitiquipiriu di novo! Não preciso nem dizer que este foi o melhor presente de aniversário que eu podia ter ganho...Agora, me sinto ótima, tá tudo colorido. Sabem por quê? Tenho muito amor no coração, e o melhor, ainda bem que me resta um pouco de LUCIDEZ!

Sex in the City - Gay Harbour Edition

Nos primeiros episódios, de volta ao país natal, Daisy havia decidido inscrever-se num curso avançado de javanês. Já nos primeiros dias de aula, seu talento natural para as línguas fez com ela se sobressaísse na turma. Além de conquistar a sincera admiração do professor, Daisy acabou chamando a atenção de um de seus colegas. Cock, rapaz de aparência taciturna, demorou a se aproximar. Valendo-se, porém, de interesses comuns, ele apressou-se a conquistar a confiança da protagonista, arrancando-lhe o número do telefone.
O episódio de hoje tem como cenário inicial o escritório onde Daisy trabalha. Ela e Vicky, aproveitando uma brecha na atarefada rotina, reúnem-se para para conversar sobre os últimos acontecimentos.
- Vicky, não sei o que fazer!
- O que houve, Daisy? parece tão abatida!
- Vc não está enganada, Vicky, mal consegui pregar o olho esta noite.
- Mas o que houve?
- Você se lembra da história que contei sobre meu colega do javanês?
- Er, acho que sim. O nome dele não era Dick?
- Dick não, Vicky, ele se chama Cock.
- Certo, Daisy, diga-me o que aconteceu!
- Pois bem. Ele parecia um bom rapaz. Sempre foi educado e, na verdade, tinha um bom papo. Estava em casa, revisando a lição de javanês, quando ele ligou. Disse-me que tinha convites para um concerto. Bem, eu achei que não havia nada de errado... e acabei aceitando.
- Já sei! o concerto estava uma droga?
- ... na verdade não foi isso.
- Hmmm, então voi o solista! vc achou que era um gato, não é?!
- [Ei, como é que vc sabe disso?] Mas, infelizmente, não foi esse o problema.
- Vamos, Daisy, conte logo!
- Estou tentando, Vicky.
- Glup!
- Tudo aconteceu quando ele me deixou em casa. Ele ficou estranho, Vicky! Começou a a revelar um lado que eu desconhecia. Disse-me coisas que me deixam encabulada mesmo agora!
- Não estou entendendo vc, Daisy. E isso não seria bom? uma certa impetuosidade...
- Vc é que não está entendendo! Apesar de falar essas coisas todas, ele simplesmente ignorou a minha presença, amiga! Cock não tirava os olhos do retrovisor. A gota d'água foi quando ele tirou do bolso da camisa um pente, e começo a ajeitar os fios da sobrancelha.
- Sobrancelha, Vicky! Você sabe o que é isso?
- É, Daisy... vamos tomar mais um café. Hoje vc dorme mais cedo. Mas tire o telefone de gancho, sim?!
To be continued

Da série: Meus ídalos (por Deni)

Barbooooooooosa!!!

Interpretado por Ney Latorraca, Barbosa marcou a minha infância e pré-adolescência. Eu vivia imitando o cara para a minha irmã, amigos e primos.

Barbosa era um mero coadjuvante na novela Fogo no Rabo , da TV Pirata. Para quem não se lembra ele era o pai de Natália, amante suburbana de Reginaldo, empresário cruel e inescupuloso, que tinha como capanga o deformado e engraçadíssimo Agronopoulos. Barbosa teve um fim trágico. Foi assassinado. O mistério de quem matou Barbosa foi equiparado ao mistério de quem matou Odete Roitmann.
Barbosa ficou tão famoso que ganhou seu próprio talk -show, o Barbosa Nove e Meia.
Que saudade!!!
Barboooooooosa, hummm!!!!

Meu candidato!


Não tem para o Lula nem para o Alckimin nessas eleições. Meu candidato é o Sr. Joselito Hermeserrenato Emetevê! Ele vai transformar esse país! Nomeará Deni para o Ministério das Relações Exteriores, Vicky para o Ministério da Fazenda, Corte e Costura, Amendokren para o Ministério do Meio Ambiente e Proteção Animal, e Hugh para o Ministério da Injustiça e Maldades em Geral! Seu primeiro ato presidencial será criar um feriado nacional: o Dia do Sem Noção, quando todos os malaqüeras, folgadões e deitados do país serão homenageados, e poderão se arriar na cara de todo mundo sem qualquer represália!

Drops Caras


26 de outubro - Amendokrem Castro Alves completa hoje mais um ano de vida. O almoço comemorativo, apenas para os familiares mais próximos, terá lugar em restaurante tradicional, localizado num dos bairros mais charmosos da capital. No sábado à noite, a sorridente aniversariante, o jovem esposo e a mascote do casal receberão os amigos em seu espaçoso loft, especialmente decorado para a ocasião. Entre as presenças confirmadas, estão Hugh, o analista político, e Deni, designer gráfica, ambos profissionais requisitados da imprensa local. As sobremesas, assinadas pela confeiteira Telê Enth Rega, prometem causar alvoroço entre os convidados.
Da Redação

Wednesday, October 25, 2006

As Lingüiças - Parte III


A jovem, sentada diante do espelho, deixava que a mulher mais velha penteasse seus cabelos, mas não ouvia um só de seus conselhos. Ansiosa por um minuto de solidão, ela concordava com as afirmações mais inflamadas exibindo um vago sorriso. Dias antes, o mesmo sorriso, que aos olhos dos homens guardava algo de misterioso, havia cativado o rapaz que logo estaria batendo à porta. Depois que a outra deixou o recinto, a jovem pôde, sem esconder a satisfação, livrar-se do tecido que cobria seu corpo. Queria, sem testemunhas, examinar a si mesma. Não se deteve nos próprios defeitos nem enamorou-se de suas formosuras. Sem paixão, ela tentava imaginar com que olhar o jovem seria capaz de percebê-la. Num movimento rápido, trouxe a lâmpada para perto de si. Algo havia chamado sua atenção. Examinando com cuidado, percebeu que do seu umbigo, pouco mais curto que um dedo, emergia um fino cordão. Isso fez com que involuntariamente estremecesse: de algum modo pareceu-lhe ser um mau presságio. Sem titubear, abriu uma das gavetas. Entre as várias que ali encontrou, escolheu a fita mais bonita e, num movimento habilidoso, envolveu a cintura com um laço. Na manhã seguinte, perdida no meio dos seus lençóis, tendo nos olhos mais lágrimas do que poderia disfarçar, tentou em vão esquecer. Em sua mente, insistiam em ter lugar as lembranças da noite anterior. Ignorando seus pedidos, o jovem afoito desnudara sua cintura. Assim que percebeu o fio branco, sem esconder a expressão de repulsa, afastou-a violentamente de si. Ainda deitada, acompanhou os derraderios momentos, quando ele recolheu as poucas coisas que trouxera e partiu sem voltar os olhos para trás.

Ufanismo e precipitação no caso do acidente da Gol

Se há uma coisa que não suporto (e não é a toa que trabalho onde trabalho, e quero seguir uma determinada carreira) é injustiça. Detesto condenações motivadas por um clima emocional.
Pois bem, porque diabos tô falando isso? Se lembram, senhoras e senhores, do caso do avião da Gol, que era a primeira página de todos os jornais e sites de notícias há algumas semanas atrás? Porque agora eu simplesmente demoro a encontrar alguma notícia sobre o assunto em jornais noticiosos como o Terra?
Acho que aqui, aqui e aqui está a resposta!
Vejam, tão logo se soube do acidente instaurou-se um clima de animosidade contra os pilotos americanos, dizendo que eles, pilotando um jatinho particular de milionários, também americanos, tinham sido culpados por matar os pobres brasileiros. Isso sem que nenhuma prova ainda tivesse sido colhida! Inclusive em alguns fóruns jurídicos vi gente querendo condenar os pilotos pelo homicídio doloso de todos os brasileiros. Tudo motivado por um ufanismo tacanho.
Agora, que as investigações apontam para a incompetência tupiniquim, quase ninguém fala mais sobre isso, já que 'não dá ibope'. E não me venham dizer que, com relação ao problema de compreensão do idioma inglês, os brasileiros que operam com aviação não tem obrigação de falar essa língua corretamente. Ora, isso é um ufanismo ingênuo e distante da realidade. Afinal, se um avião chinês estiver sobrevoando o território nacional, com problemas de vôo, que língua ele tentará falar com os brasileiros da FAB? Mandarim? Ou terão que ser obrigados a fazer um curso a jato (trocadilho infame) de português?.
Detesto precipitações, e é em parte por isso que rejeito qualquer forma de patriotismo. Em geral é um modo das pessoas cegarem a si próprias e abdicarem de qualquer senso de crítica.

Tuesday, October 24, 2006

Sexy in the city - Barcelona Edition (episode I)

Daisy e Sony na Plaza Reial em Barcelona

Depois do traumático rompimento com Mark, Daisy resolve ir com suas amigas para o Velho Mundo. O destino: Barcelona.
Sedenta por uma vida de aventuras, glamour, arte, romance e compras, muitas compras Daisy logo se adapta a movida barceloneta e torna-se figura freqüente nos clubs badalados da Plaza Reial, reduto de viajantes e pessoas descoladas. Muito romântica, Daisy foi presa fácil para Sony, um fotógrafo australiano renomado, que estava de passagem pela Cataluña. Foi uma paixão arrebatadora, mas de um fim abrupto. De personalidade livre e excêntrica, logo Sony começou a se mostrar frio e distante, partindo o coração da frágil Daisy. Com o apoio de Vicky e Kitty, Daisy recuperou-se de mais um golpe do destino após incontáveis visitas à Zara, Mango, Sfera, Él Corte Inglés e algumas chocolaterias locais. Então, em uma noite fria, num pequeno bistrô cerca de Las Ramblas, ela conheceu Jean Piérre, um chef de cuisine sedutor que lhe introduziu aos prazeres da culinária francesa.

Monday, October 23, 2006

O Homem-Cuco da Minha Rua


Há exatos dez meses uma cena se repete. Todas as segundas e sextas-feiras na volta da academia sou abordada por um homem que me pede as horas. Da primeira vez que isso aconteceu respondi amavelmente: são 9h45mim. E ele repetiu como se tentasse processar a informação. Desde então tenho topado com ele e é sempre a mesma lenga-lenga. De início não me incomodava, mas passados uns dois meses ininterruptos, comecei a me rebelar - gente, é muito chato fornecer a hora pra quem se sabe não estar com pressa, nem ter nada pra fazer. Um dia, depois de ter sido indagada por ele, o vi repetindo o mesmo com uma senhora, e eu como nem gosto de botá conversa fora apressei o passo pra ver o que ela ia me dizer, não deu outra. Me olhou com cara de riso e disse: ai esse cara sempre faz isso, às vezes lhe digo que não tenho relógio, coitado, é bem zureta! Então comecei a tomar umas medidas preventivas para refutar o homem-cuco. Virava a cara, escondia o relógio debaixo da manga - não adiantava, o homem-cuco tem visão de raio 'x' e estava determinado a arrancar-me a hora a todo custo. Depois de muito resistir, cheguei a duas conclusões a respeito. A primeira: o homem-cuco é muito útil, ele me ajuda a controlar o tempo que eu tenho disponível, porque dependendo em que altura da rua nos encontramos eu sei se estou atrasada ou não, se mais no início tenho que me apressar, se mais no final, tá tudo tranqüilex. A segunda: a obsessão daquele transeunte é também seu prazer, que direito eu tenho de privá-lo disso? Agora somos interdependentes, ele precisa que eu lhe forneça o que o relógio diz e eu preciso encontrá-lo para me orientar nas manhãs de malhação. Se o homem-cuco desaparecesse não sei o que seria de mim!

Os seres humanos não são 'maus'

Se nada mais me interessasse nas tradições orientais, principalmente no budismo, ainda me encantaria o respeito que elas têm por todos os seres. Não só pelos seres humanos, acrescente-se (e mesmo isso hoje em dia também é difícil no Ocidente), mas por cada forma de vida existente. Todos os seres, de um homem a uma formiga, são manifestações de vida preciosas e únicas em si mesma. Todos os seres têm o direito incontestável e sagrado de não serem perturbados por ninguém no seu belo trajeto pela existência.

Por isso me aborrece e me cansa a presunção ocidental, de acreditar que o ser humano é 'especial', como se os outros animais fossem inferiores. A única coisa que realmente me parece digna de consideração nos seres humanos não é a racionalidade (até porque seguindo uma linha de elocubração estritamente racional, somos capazes de conclusões absurdas, e até monstruosas) mas a empatia.
Empatia é a capacidade de se colocar no lugar dos outros e determinar-se conforme as impressões daí advindas. Mais respeito e admiração eu tenho por um ser quanto mais empatia ele possui pelos outros: admiro e respeito quem se coloca no lugar dos outros seres humanos, mas admiro ainda mais quem consegue se colocar no lugar de todos os seres, inclusive animais. A empatia (e talvez o termo tibetano 'maha-karuna', que se traduz comumente por 'grande compaixão', seria melhor compreendido se traduzido por 'grande empatia') não é apenas um sentimento 'bonito', mas uma conseqüência de uma lucidez vital: quanto mais desenvolvidos e maduros somos, mais temos capacidade de desenvolver empatia, pois esse sentimento exige um elevado grau de abstração, de imaginação ativa, para ponderar como é 'estar nos sapatos de outra pessoa'.

Essa baboseira é por que hoje à tarde fui 'vítima' (que palavra apropriada!) de um acesso de fúria contra o filho de minha personal trainner, pois ele adotou um cachorrinho e, uma semana depois, após o bichinho criar um laço de afeição por ele, decidiu livrar-se do pequeno animal como se fosse um objeto incômodo. Quando pequeno, não li todo o "Pequeno Príncipe", mas realmente sempre me impressionou a lição de que 'somos totalmente responsáveis por aquilo que cativamos'.

Mas, após alguns minuto, percebi o quão boba e inútil era minha raiva. Na verdade, a raiva era porque no fundo eu imaginava que aquele rapaz era 'mau' - ou seja conscientemente indiferente. Tolice. Ele era, de certa forma, 'cego'. Ou melhor, ainda não tinha amadurecido o suficiente, ainda estava perdido demais em seus medos, desejos e auto-ilusões, para ser capaz de aprender a abstrair-se de seu individualismo e, na conquista de uma maior lucidez, estender sua imaginação e seus sentimentos sobre a vida de outros seres.

Então, voltando a uma questão posta por uma amiga há alguns dias, o seres humanos não são 'maus'. Isso, de novo, é bobagem ocidental: os 'chatos' orientais (porque será que "perdem tempo" falando da vida de uma formiga?), ao invés de falarem de 'bem' e 'mau' preferem falar em diversos graus de 'incompreensão'. Os seres humanos, em diversos graus, estão perdidos. E quanto mais perdidos estamos, mais capacidade temos de machucar aos outros, inclusive sem perceber a extensão da dor que infligimos.

Me lembro de como, com 15 anos, torturei uma pequena lagartixa com um estilete, provocando nela uma hemorragia. Fiz isso, mesmo sabendo no fundo de mim que não era o estilo de coisa de que gostava, a fim de provar para outros dois garotos que eu era 'durão', e podia participar de sua turma. No fundo, feri um outro ser devido a meu medo de ser rejeitado, por minha insegurança e pelo desejo voraz de ser aceito pelas pessoas, de encontrar meu lugar, meu lar. Quanto mais perdidos, tanto mais imaturos e indiferente somos.

Assim, na verdade, ao pensar no filho da minha 'personal', comecei a sentir um pouco de respeitosa comiseração por ele, pois talvez um dia ele atinja um grau de percepção e maturidade capaz de lhe propiciar o quadro total de quantos seres irresponsavelmente ele machucou no decorrer de sua vida - e, dentre todos, talvez ele notará que sua maior vítima foi ele mesmo - sim, porque a capacidade de ferir os outros advém do quanto estamos enredados por medos e desejos desesperados que, em última instância, nos machucam também e fazem de nossa vida uma confusão.

Isso pode soar como um pouco presunçoso e arrogante: eu, o 'lúcido' bonzinho; ele, o 'perdido' imaturo. Mas pensar assim seria esquecer que certamente sou muito imaturo em inúmeros outros aspectos da vida nos quais ele é mais lúcido e 'adulto' que eu (e nesse momento fico assombrado só de pensar o quão estou perdido em muitas coisas em que todo mundo ao meu redor já 'se achou', e nem sou capaz de perceber!). Fazer, mesmo inconscientemente, da falta de empatia dos outros uma forma de se auto-vangloriar pela sua caridade e bondade é uma inversão canhestra e fanática da humildade, advinda do conveniente esquecimento de que, em outras facetas de nossas vidas, estamos miseravelmente mais 'cegos' que os outros (inclusive, nossa caridade e bondade pode ser até uma forma de escapar desses outros aspectos, se nos iludir).

No final de tudo isso, eu já não sabia quem mais era digno de minha preocupação: se o cachorrinho prestes a ser abandonado, se o filho de minha 'personal trainner' (perdido em seus sonhos e medos), ou se eu mesmo! Por outro lado senti em meu coração uma satisfação tão grande em ser capaz de lidar com minha raiva, preocupar-me com os demais, e ao mesmo tempo perceber minha pequenez e o quanto ainda tenho que crescer, que não pude deixar de imaginar se essa satisfação não é o gosto de uma genuína felicidade.

Uma câmera na mão, uma idéia na cabeça e umas bizarrices na tela!!

Alguém viu as estréias do Telecine Cult nesse final de semana?
Sem sombra de dúvida foram os filmes mais bizarros que eu já vi nos últimos tempos.
Sábado - 21/10/2006 - 22h
Wild Side (2004), de Sébastien Lifshitz
O filme começa com um nu - inclusive, ou principalmente, frontal - de um travesti (transsexual, para ser mais exata). Bastante ilustrativo, to say the least!! Depois a história evolui e mais personagens estranhos vão surgindo. Há um triângulo amoroso esquisitíssimo. Não, você não está tendo alucinações, muitos dos travestis do filme falam português! O filme é francês (sem preconceito, mas isso já diz alguma coisa sobre ele!). Interessante, mas não é imperdível.
Domingo - 22/10/2006 - 22h
Oldboy(2003), de Park Chan-uk
Não, não é um daqueles filmes orientais intermináveis sobre a vida da formiga. Tampouco se enquadra no gênero pancadaria. É muito mais inteligente e bizarro do que isto. De modo bem compacto (para não estragar a surpresa), o filme trata de um homem que ficou aprisionado num quarto por 15 anos sem saber o porquê. Livre o cara parte em busca de vingança e descobre que o buraco é bem mais embaixo.
É o primeiro filme coreano que assisto, e não se saiu nada mal! Vale conferir!
E aí, vai encarar??

The Golden Shower ritual


Golden shower on the way!
Mesmo a apenas uma hora e vinte minutos de uma reunião que promete espirrar em todo mundo eu não consigo controlar meus ímpetos e sigo colocando o meu pescoço em risco escrevendo mais um post. Que fazer? Reprimir a minha arte? Hehehe.
Eu até já vejo a cena: Um monte de marmanjos com cara de criança que fez coisa errada, ficando vermelhos a cada menção a e-mails, horas na internet, novell, psi e outras atividades pouco relacionadas com o trabalho. Os figurantes balançam a cabeça, ensaiam olhares do tipo "que absurdo", "nunca mais farei isso" e após alguns minutos, voltamos gotejantes para os nossos lugares. O mais patético de tudo é que passado o pânico inicial (ninguém foi apontado nominalmente, ufa!!) tudo lentamente volta ao 'normal'. O efeito golden shower tem curtíssima duração, cerca de uma semana - em casos extremos!
De qualquer sorte o ritual se repete ano a ano, pelo menos uma vez e geralmente nessa época. É um momento nostálgico e lúdico em que todos voltamos a ser crianças. Crianças malcriadas e sapecas, mas qual é a graça de ser criança se a gente não pode fazer travessuras??

As Lingüiças - Parte II


Ela sempre teve uma estranha predileção pelos próprios pés. Não que fossem belos. Ao contrário, eles eram mais magros e tinham veias mais aparentes do que seria desejável. Nenhuma imperfeição, porém, diminuía o prazer com que ela os livrava das meias e os trazia para junto do corpo, assim que se sentava numa cadeira confortável. Conhecia tão bem cada saliência e reentrância, que nenhuma alteração epidérmica passava-lhe despercebida. Assim, logo notou quando um pequeno edema formou-se na sola de seu pé. Curiosa, ela acompanhou o processo sem em nada interferir. Em dois dias, o edema perdeu a cor rosada e tornou-se uma aspereza plana. Foi só ao final do terceiro dia, enquanto massageava os pés com um ungüento perfumado, que descobriu o que se estivera preparando para ganhar a luz. A semente havia germinado: um alvíssimo broto de cordão erguia-se bem no centro de seu pé esquerdo. Ela decidiu não levar ao conhecimento de nenhum médico o que havia acontecido. Ao ineditismo do fato, a clamar por explicação, ela sobrepôs a alegria de ser a portadora de um segredo que a distinguia das outras jovens que conhecia. À medida que ele se tornava mais longo, aprendeu a lidar com o cordão. Para acomodá-lo com conforto, deixou de lado os vistosos tamancos de madeira que costumava usar, trocando-os por sapatilhas feitas de tecido macio e colorido. Quando o cordão tornou-se tão longo, que passou a ser impossível escondê-lo dentro do calçado, ela descobriu que podia cortá-lo, e o processo revelou-se menos doloroso do que o de aparar as unhas. Os anos passaram sem que ela jamais se traísse: a ninguém deu a conhecer o fio que espiralava do seu pé esquerdo, cuidadosamente preservando-o de qualquer exposição.

Sunday, October 22, 2006

Bah, na mosca!


"Don't worry too much about that decision you know you have to make eventually. It turns out that you can wait longer than you think, and it's a good time to just sit back and enjoy the ambiguity." (Horóscopo Yahoo)

Uma daquelas frases genéricas, mas que encaixam na vida da gente de um modo tão perfeito que chega a ser assustador! Então eu sento e espero, pelo quê? por quem? Não sei, mas será que isso importa realmente? Como diria o meu querido Woody Allen:

"If you want to make God laugh, tell him your future plans."

E tenho dito!
Bom findi, crianças!!
xx

Saturday, October 21, 2006

Infernizando


"O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço."
(Italo Calvino in As cidades invisíveis)

Friday, October 20, 2006

Reencontros


Ontem reencontrei depois de muitos anos uma amiga dos tempos de colégio. O nosso reencontro estava marcado desde a semana passada e me despertou uma série de sentimentos e expectativas.
Será que ela mudou? Será que vai ser a mesma coisa?
Apesar de termos vindo para Porto Alegre juntas e de nos termos visto com certa freqüencia durante a faculdade, a lembrança que eu tinha dela era de uma guria sapeca, de cabelão crespo, comprido, de camisetão, calça rasgada e tênis. Linda, mas de uma beleza infantil, quase angelical. Qual não foi a minha surpresa ao ver uma mulher linda, ruiva, de salto alto e blazer estender os braços em minha direção e dizer "Dé! Sabia que não ias me reconhecer!" E não ia mesmo. Eu também não era a mesma, apesar de fisicamente não ter mudado muito. As minhas mudanças foram mais internas do que externas.
Foi um reencontro abençoado, maravilhoso. Falamos de tudo, da nossa vida, dos nossos relacionamentos, trabalhos, ambições, frustrações, velhos amigos, tratamentos de beleza, livros , família e prometemos nos nos perder mais de vista. Espero mesmo que não.
Depois de três horas de tagarelice a jornalista e a funcionária pública resolveram tirar uma foto para não esquecer daquele dia e então outro reencontro aconteceu...com a Dé e a Nessa, as gurias do colégio. Olha só:

Da série: Natal - Haja saco!!


Natal em outubro? Bem queridos, eu também acho cedo para falar no assunto, mas é assim que as coisas funcionam, se já começaram a decorar o shopping e se já começaram a vender árvores e enfeites é sinal que tá na hora de começar a se coçar para comprar os presentes! Ohohohoho!! Até porque não tem coisa mais horrorosa que deixar para comprar presentes de Natal de última hora. Nunca se acha o que se quer e quando se acha tem que disputar a tapas e cotoveladas. O mau humor é elevado à décima potência bem como os preços e o espírito de Natal acaba indo pro saco!
Falando em saco, como eu sei que existem mais pessoas no mundo como eu (totalmente desprovidas de imaginação para comprar presentes e que se desesperam todas as vezes que tem de fazê-lo) aproveito a oportunidade para publicar aqui a minha lista de sugestões de presente de Natal para amigos secretos e declarados, parentes, puxa-sacos, enfim...todo mundo (assim não tem risco de errar)!!

1. DVD do filme O fabuloso destino de Amelie Poulan;
2. DVD do fime Zelig de Woody Allen;
3. qualquer um dos três livros do Woddy Allen (tem no site Amazon.com);
4. uma camiseta com uma estampa bem fashion e bacana;
6. humm, sei lá o quê mais...há tantas possibilidades...
P.S. Recomendo às lingüiças que sigam o meu exemplo (just in case) ; )

As Lingüiças - Parte I


A história das lingüiças começou mais ou menos assim. Certo dia, depois do banho matinal, a jovem descobriu que, no alto de sua cabeça, emaranhado entre fios de seu cabelo, havia um cordão. Intrigada, ela imaginou que fosse alguma brincadeira de seu noivo ou de sua irmã, conhecidíssima por idealizar já na infância um engenhoso sistema de canalização de suco de frutas. Fosse como fosse, resolveu livrar-se do cordão, pois não combinava nada com suas longas melenas. Primeiro, tentou a tesoura, mas ela revelou-se inadequada: uma parte do fio, mais próxima do couro cabeludo, insistia em continuar lá. Então, lembrando-se daqueles pêlos que nascem nos lugares mais indesejáveis, procurou a sua pinça no fundo da gaveta. Num movimento rápido, conseguiu arrancar o cordãozinho a partir da base. E partiu faceira para mais um dia de trabalho. Alguns dias depois, contudo, o alto da cabeça começou a coçar dum jeito tal, que nenhum anticaspa conseguiu dar conta. A jovem, desesperada, plantou-se diante do espelho e, não sem espanto, descobriu que ele, o cordãozinho, havia crescido. Logo, ela descobriu que tantas vezes quantas o cortasse, tantas ele voltava a crescer, firme e áspero como era da sua natureza. No início, ela quis disfarçar. Comprou um tubo de tintura de cabelo, mas não teve muito sucesso. O cordão não absorvia direito a tinta e, como resultado, destacava-se no meio dos fios ainda mais louros que o normal. Pensando nos tempos do colégio, tentou colori-lo usando canetas hidrocor, mas o resultado foi igualmente sofrível. Por fim, nada mais podendo fazer, a jovem resolveu aceitar o fardo que o destino lhe impingira e, desde então, enfeitado de conchas e pequenas flores, ele virou um tererê balouçante entre seus cachos.

Thursday, October 19, 2006

Da série: Meus Ídalos (por Deni)

Se é certa a teoria de que as mulheres querem um Bozo na sua vida, no meu caso o Bozo seria Woddy Allen. Ele é feio, baixinho e neurótico, mas eu casaria com ele, sem sombra de dúvida! Inteligência e senso de humor refinado: essa é a síntese desse cara.
Aí vai uma palhinha dum dos três livros que ele escreveu:
My apology

Socrates chose to die, rather than abandon his principles. Allen, who admires his courage in the face of death, has often tried to put himself in the great philosophers sandals. But, no matter how often he does, he immediately winds up dozing off, always having the same dream. And the play begins.Allen is locked up in a prison cell and has been condemned to death, in the exact position of Socrates. His philosophers friends visits him . At first, Allen is very wise and calm. But as he realises that he really is going to die, he panics. And, rather than die, he is willing to abandon his principles.
Allen: Right... right... (Suddenly dropping all pretense of courage) Look, I’m going to level with you - I don’t want to go! I’m too young!
Agathon: But this is your chance to die for the truth!
Allen: Don’t misunderstand me. I’m all for truth. On the other hand I have a lunch date in Sparta next week and I’d hate to miss it. It’s my turn to buy. You know these Spartans, they fight so easily.
Simmans: Is our wisest philosopher a coward?
Allen: I’m not a coward, and I’m not a hero. I’m somewhere in the middle.
Simmans: A cringing vermin.
Allen: That’s approximately the spot.
Agathon: But it was you that proved that death doesn’t exist.
Allen: Hey, listen - I’ve proved a lot of things. That’s how I pay my rent. Theories and little observations. A puckish remark now and then. Occasional maxims. It beats picking olives, but let’s not get carried away.
Agathon: But you have proved many times that the soul is immortal.
Allen: And it is! On paper. See, that’s the thing about philosophy - it’s not all that functional once you get out of class.
Simmans: And the eternal "forms"? You said each thing always did exist and always will exist.
Allen: I was talking mostly about heavy objects. A statue or something. With people it’s a lot different.
Agathon: But all that talk about death being the same as sleep.
Allen: Yes, but the difference is that when you’re dead and somebody yells, "Everybody up, it’s morning," it’s very hard to find your slippers.

(from Side Effects, by Woody Allen)

Wednesday, October 18, 2006

Motivos para assaltar um banco, parte 1


Caro colega de trabalho, se você, como eu, está começando a suspeitar que o PCS foi, de mãos dadas com Godot, dar uma mãosinha ao Rei Dom Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir, e enquanto eles não voltam os produtos de seus sonhos de consumo resolveram ficar aqui, desfilando na sua frente como a Marilyn Monroe levantando a saia para o vizinho tarado em "O Pecado Mora ao Lado", seus problemas acabaram! Há todo um caminho à margem da lei a ser percorrido! Você pode começar com algo simples, como um assalto à banco, ou ir para algo mais complicado, como se candidatar a Deputado e participar do próximo conluio de improbidade administrativa!
Mas, se você ainda está na dúvida, meio temeroso, tímido, acanhado, vou começar a postar aos poucos alguns belos motivos para decidir-se de uma vez por todas.
Sim, é pura ambição consumerista patrimonial materialista capitalista ordinária, reconheço. Mas ah, como é bão!


Tuesday, October 17, 2006

Coceira nos Euros: Óbidos, Portugal


A dica é especial para amendokrem, que, nas próximas férias, deve ter como destino a Península Ibérica, mas vale também para aqueles que, em qualquer data, desejem conhecer a terrinha de Cabral. Óbidos é um destino bem conhecido dentro de Portugal: a maior parte das pessoas que se dispõe a conhecer algo além de Porto e Lisboa, as maiores cidades do país, dirigem-se para lá. A pequena cidade, protegida pela muralha de um castelo, faz jus ao número de visitantes. É impossível resistir ao encanto das ruas tortuosas e das casas de portas e janelas coloridas. Estive lá faz já algum tempo, mas ainda me lembro da sensação de caminhar pela cidade numa manhã fresca e ensolarada do final de inverno. Eu e meus amigos havíamos pernoitado numa casa de família. Limpíssima e repleta de fotografias, era algo assim como uma idealizada casa de vovó. A dona, uma viúva de abraço fofo e sorriso aberto, fez questão de nos presentear com um saco de maçãs antes de irmos embora. No auge da baixa temporada, com o espaço vazio de outros turistas, percorrer aquelas ruas era como escapar do tempo, uma saudade de não sei o que tomando conta de mim. Em outros vilarejos antigos, quis experimentar algo que senti lá. Na maior parte das vezes, porém, acabei decepcionada: é como se, apesar da arquitetura preservada de outros tempos, faltasse a elas uma verossimilhança que encontrei em poucas além de Óbidos. Lembro-me de ter pensado, enquanto estava lá e nem suspeitava que iria conhecê-lo, que aquele era exatamente o tipo de lugar onde eu gostaria de passear de mãos dadas com o meu amor.

Futuros Promissores


E vejam só, quem diria que, ao crescer, ele se tornaria dono da maior indústria de Pneus do mundo!

CHINELAGEM! Dando uma chinelada...

Só prá você que não é nem bonzinho, nem politicamente correto...

BLOODHOUND GANG LYRICS
The Bad Touch"Ha-Ha! Well now, we call this the act of matingBut there are several other very important differencesBetween human beings and animals that you should know about
I'd appreciate your input
Sweat baby sweat baby sex is a Texas drought
Me and you do the kind of stuff that only Prince would sing about
So put your hands down my pants and I'll bet you'll feel nuts
Yes I'm Siskel, yes I'm Ebert and you're getting two thumbs up
You've had enough of two-hand touch you want it rough you're out of bounds
I want you smothered want you covered like my Waffle House hashbrowns
Come quicker than FedEx never reach an apex just like Coca-Cola stock you are inclined
To make me rise an hour early just like Daylight Savings Time
Do it now
You and me baby ain't nothin' but mammals
So let's do it like they do on the Discovery Channel
Do it again now
You and me baby ain't nothin' but mammals
So let's do it like they do on the Discovery Channel
Gettin' horny now
Love the kind you clean up with a mop and bucket
Like the lost catacombs of Egypt only God knows where we stuck it
Hieroglyphics?
Let me be Pacific I wanna be down in your South Seas
But I got this notion that the motion of your ocean means "Small Craft Advisory"
So if I capsize on your thighs high tide, B-5 you sunk my battleship
Please turn me on I'm Mister Coffee with an automatic drip
So show me yours I'll show you mine "Tool Time" you'll Lovett just like Lyle
And then we'll do it doggy style so we can both watch "X-Files"
Do it now
You and me baby ain't nothin' but mammals
So let's do it like they do on the Discovery Channel
Do it again nowYou and me baby ain't nothin' but mammals
So let's do it like they do on the Discovery Channel
Gettin' horny now
You and me baby ain't nothin' but mammals
So let's do it like they do on the Discovery Channel
Do it again nowYou and me baby ain't nothin' but mammals
So let's do it like they do on the Discovery Channel
Do it nowYou and me baby ain't nothin' but mammals
So let's do it like they do on the Discovery Channel
Do it again now
You and me baby ain't nothin' but mammals
So let's do it like they do on the Discovery Channel
Gettin' horny now

2 anos e 6 meses de namoro!!!


Ontem fizemos 2 anos e 6 meses de namoro. Tentei fazer esse desenho lá em casa, mas só hoje consegui. Vivi, te amo demais! A sua doçura faz qualquer malvadinho ficar bonzinho por um dia.

Monday, October 16, 2006

É um pássaro? É um avião?



Não! É a Super X!!!
Para os que ainda não tiveram o prazer de ser apresentados a esta super-heroína, aí vai sua biografia não-autorizada.
Super-X é a filha bastarda de Egodzila e Mulher-Maravilha. Teve uma infância difícil, abandonada pelos pais, foi criada por freiras num colégio interno linha-dura. Tida como o patinho-feio da classe, era constantemente ridicularizada por seus coleguinhas, desenvolvendo uma personalidade violenta e vingativa.
Nos primeiros anos de sua conturbada adolescência, experimentou as primeiras manifestações de seus super-poderes, inocente e vítima de uma sociedade repressora, tornou-se presa fácil do temível Super-Ego que durante anos manteve nossa heroína sob cativeiro.
Atormentada por estranhas visões e enclauasurada, ela pouco acreditava nos poderes que lhe foram confiados. Contudo, durante o equinócio de inverno, quando completou 25 anos, Super -X recebeu uma revelação do plano astral que alterou o rumo de sua existência. Desse dia em diante passou a preparar-se para aquela que seria a luta definitiva contra o terrível Super-Ego. De personalidade obstinada e disciplinada, Super-X não se deixou abater pelas zombarias de seus colegas de calabouço. Confiante no que o plano astral lhe revelara, Super-X finalmente lançou-se contra Super-Ego. A luta foi brutal, mas Super-X aniquilou o inimigo, reduzido-o a pó-de-mico. Desde então, nossa heroína tem sido vista bela e esvoaçante pelos céus de todo o globo terrestre, desempenhando com graça e desenvoltura, missões da maior importância, derrotando vilões como a Modéstia, o Mau Gosto e a Insegurança.

Lista de Desejos


Companheiros blogueiros, resolvi escrever uma lista de meus desejos para a semana que se inicia. Antes de enumerá-los, porém, quero explicar que não faço isso por me considerar a manda-chuva do pedaço ou queira dar uma de durona. É só que conheço o potencial de vocês, um verdadeiro dream team, e o quão longe podem chegar.
1 - Hugh, eu sei que sou uma mulher comprometida, mas, por favor, não me negue isto. Eu apreciaria tanto que mostrasse aquele lado bonzinho que você esconde atrás de suas malvadezas...
2 - Deni, minha dona Benta, você bem poderia preparar um quitute gostosim pro nosso café da manhã na repartição.
3 - Amendokrem, não se assuste: não vou pedir pra você descascar uma bergamota ou coçar meu dedão. Ai, minha manteiguinha de amendoim, precisaria muito é que voltasse a escrever uma daquelas lindas mensagens cor-de-rosa!
Com jeitinho consegue-se quase tudo nesta vida.

Sunday, October 15, 2006

Ah! A vida é linda...toda azul com bolinhas cor-de-rosa!!!


"If I could kiss you now, I´d kiss you now again and again till I don´t know where I begin and where you end..."
Bonito, né? É um pedacinho duma música do Moby. Surpreso de achar tanta beleza e poesia na música eletrônica? É, mas a vida é assim, surpreendente e cheia de beleza...
Porto Alegre. 17:25. Dia chuvoso. Nada de bom na NET (o único filme bom eu já vi - Quanto mais quente melhor). Nada para fazer. Só eu e meus pais em casa. Alguns meses atrás eu estaria tentando cortar os pulsos com uma faca de serrinha (daquelas de churrasco, vai me dizer que não sabe qual é?). Pois bem, hoje eu tô me sentindo excepcional, tô com um sorriso de orelha a orelha, escutando Moby e achando beleza em coisas banais como nas árvores da minha rua, em cenas cotidianas de pessoas totalmente anônimas nas ruas. Vibrei por abrir um livro novo sentada na grama na Redenção. Fiquei feliz de sentir o vento no meu rosto e de olhar para o céu noite passada. Não, não tô chapada. Tô feliz e como eu descobri que felicidade e beleza podem estar nos lugares onde menos se espera (e se procura)...eu resolvi escrever esse post. Um post sério encravado no meio de um monte de bobagens, bobagens que, diga-se de passagem, abrem um sorriso em quem as escreve e em quem as lê...ah, bom domingo, meus amores!!

Friday, October 13, 2006

A propósito...


Quando seremos surpreendidos por mais um post cor-de-rosa??
Estamos com saudades, Amendokren!

Blogueira Descerebrada


Eu sei que de boas desculpas os presídios de segurança máxima estão cheios. Sei também que a repetição de uma estratégia pode me levar à derrota, mas, bem, preciso dizer a vocês que, se hoje, mais uma vez, privei-lhes de minhas profundas reflexões sobre a existência, é porque estava de fato assoberbada. Antes que vocês expressem suas condolências, devo adverti-los de que os responsáveis por isso não foram os advogados que litigam, incansáveis, sobre a minha mesa. Apressem-se a oferecer-lhes suas escusas, pois hoje minha atenção foi toda da rã descerebrada e da sua desastrada irmã, a rã espinhal. As duas, que preservam parte das funções encefálicas ou apenas medulares, respectivamente, ocuparam-me a manhã inteira as habilidades corticais. Mas eis que a hora tarda! Parto agora, não sem antes deixar-lhes os meus votos de um excelente fim-de-semana. Semana que vem, prometo-lhes, saberei honrar a lira que pelo desejo dos deuses coube-me carregar.

Da Série: Meus Ídalos

Inicia-se aqui uma série de posts destinados a destrinchar a origem da admirável complexidade da formação cultural de Hugh, o Malvadinho. Para esse fim, faremos breves biografias dos luminares da civilização ocidental que influenciaram esse vilão de nomeada.

Fliti, o Barato

Fliti está sempre em busca de novas experiências alucinógenas. Como Baygon já não dá o mesmo 'barato' (desculpem o trocadilho) é incessante sua valorosa procura por novas drogas pesadas, como bolinhas de naftalina, gel fixador e detergente líquido com cheiro de limão.

Embora seja usuário experiente, essa peregrinação pela bioquímica doméstica já lhe causou graves seqüelas, como quando um traficante vendeu-lhe água sanitária, que dizia 100% pura, misturada com querosene. A partir de então, Fliti tem tentado adquirir apenas mercadoria da boa, a preços elevados.

Na busca de financiar seu vício, costuma tentar fazer pontas como dublê em super-produções cinematográficas. Assim, nosso adorado herói já trabalhou em Peter Pan, substituindo a Fada Sininho nas cenas de perigo (sim, submeteu-se a colocar uma peruca loura e uma luzinha na ponta do rabo, enquanto fugia das espadadas do Capitão Gancho), e também participou de Pinóquio, dessa vez fazendo as vezes do Grilo Falante quando este faltava às filmagens (muitos não sabem, mas o Grilo Falante, na vida real, era um alcoólatra inveterado). Nesse último trabalho, Fliti foi sumariamente demitido durantes as gravações, por ter tentado "dar uma chinelada" (desculpem, de novo, o trocadilho) na Fada Madrinha de Pinóquio, após gerir maciças doses de Sapólio Radium, droga que o fez confundir a dita Fada com uma grande baratona de asas curvilíneas.

Wednesday, October 11, 2006

ULTIMATE FIGHT


'Quem são essas pintas aí em cima? ' ...o leitor deve estar se perguntando...ainda não direi...vamos ver se você adivinha quem é quem...ohohohoh!!
Hoje de manhã quando ia para o trabalho travei um interessante diálogo com Pópis (papai) sobre política (nacional e internacional) que, em determinado momento, descambou para uma questão mais filosófica, digamos assim, quando fiz a seguinte constatação:
- "Pópis, perdi a crença na humanidade, acho que o ser humano não é essencialmente bom!"
Ele acabou não emitindo maiores comentários, uma vez que eu já estava saindo do carro quando disse isso, mas enfim...aquela idéia ficou na minha cabeça.
Ao chegar na Sala da Justiça, mais política! ....
-"Fones de ouvido, ativar!!!"
Mas não pude deixar de registrar algumas frases, até porque o debate político se deslocou para a minha caixa de mensagens, mas como eu estou num momento zen-contemplativo, again, fiquei cool, mas a idéia persistiu...
-"O ser humano é essencialmente mau?"
O dia seguiu e, novamente, fui assombrada pela inquietante questão filosófica, dessa vez levantada através de observações mázinhas de Hugh, meu colega de redação, acerca do desejo de ver famosos vilões dos desenhos animados vencerem a infindável luta do bem contra o mal. Então, me peguei refletindo sobre as minhas manhãs infantis assistindo desenho animado no chão da sala, torcendo pro Coiote dar um pau naquele filho-da-puta do Papa-Léguas, ou então pro Gaguinho torcer o pescoço do Pernalonga (odeio o bordão "Que que há heim, velhinho?' Grrrrrr!!!), em quanto eu adorava o Mutley (que na verdade era um sádico cretino, pois ria do seu próprio parceiro de maldades) e fiquei pensando que talvez a minha constatação de hoje de manhã não tenha sido apenas pessimista, mas bastante coerente, na verdade.
Alguém poderia levantar questões como atos de heroísmo e desprendimento realizados impensadamente por criaturas em situações extremas, argumentando que 'não seria isso a prova de um altruísmo instintivo?'
Nãaaa, acho que não. Acho que àquela fração de segundos em que o ato heróico acontece, antecede um desejo de recompensa e reconhecimento, em nível inconsciente, mas acontece...motivado por uma moral religiosa ou o que quer que seja, mas está ali.
Bom, então eu não acredito em bondade pura e simples? Não sei...o ultimate fight entre Rousseau e Hobbes continua na minha mente.
E aí, já deu pra saber quem é quem nas fotos??? ; )

Desabafo, ou Véspera de Feriado

Desde que o blog veio ao mundo, minha capacidade de trabalho ficou reduzida. Tá certo que, antes disso, eu estava longe de ser uma profissional modelo, mas, de vez em quando, seja pela pressão moral de minha amiga amendokrem, seja pela necessidade de enxergar algo para além da parede cor-de-laranja dos agravos de instrumento, eu conseguia atingir alguns picos de produtividade. Desde o início da semana, porém, o anseio de apresentar a nossos leitores crônicas fresquinhas a cada manhã fez com que o pouco de energia mental que me restava fosse completamente drenado. Agonizo enquanto as horas sucedem-se implacáveis, sem que de minha pena emerja nada senão frases soltas. Este bem poderia ser o meu inferno: condenada a sentar eternamente diante de um microcomputador, incapaz de escrever ou de encontrar qualquer interesse nos sites que acesso numa fúria vertiginosa.

Só se for agora!!!


Cherris,
Segundo a minha mais nova guru espiritual, Ana Maria Brega, hoje ao meio-dia os astros estarão em um raro alinhamento, o que segundo os intindidos, formaria um momento propício para tudo o que você quiser....Uhuuuuuuu!!!! E sei que é um tanto vago, mas na dúvida, não custa nada fazer um PP (pensamento positivo) nesse horário.
Então vamos lá, puxe aquela lista que você tava guardando pro Papai Noel e concentre-se!
Fui!!!!
Boa sorte pra nós!!!

Tuesday, October 10, 2006

Migraine Boy

Lei de Murphy


Porque justo quando nossa capacidade intelectual, emocional e sapiência estão no nível mais baixo da curva senóide nós decidimos começar a pensar no sentido de nossa vida, nossos planos e todos esses papos sérios demais para serem levados a sério?

Monday, October 09, 2006

Apresentando-me...

Vocês devem estar pensando, será que Amendokren existe? Afinal, este blog foi criado há um mês (?) e esta criatura não se manifesta. Seria ela uma figura fictícia? E a foto de Amêndoa - a versão original, batizada por Vivi - seria uma montagem? E os comentários? Alguém os teria feito em seu nome? Não, pessoas nefastas! Eu existo, logo penso, e falo...É isso aí, eu gasto tanto o meu tempo falando, falando, falando que não sobra ânimo pra escrever. Eu converso com gente estranha no elevador, converso com a "mulé" da limpeza, ela me conta sua vida, sua vida com o marido, dos "probrema de brônquiu" do filho, de como morreu o cachorro, da última vez que a mãe foi hospitalizada, qual a molésia que tinha, enfim...Sou uma pessoa que pouco escreve e muita fala, ainda mais se entre uma conversa e outra tiver algo para "beliscar e bebericar"! Bom, chega de explicações, estou apenas me apresentando. Minhas amigas queridas, obrigada por criarem esta nova via de comunicação, pra mim é uma novidade interessante...hummm, vamos ver como vou me portar...Ah, leitores, acreditem em tudo que foi dito em relação a mim, e não duvidem da minha fúria quando o assunto é defender os animais, a natureza e os fracos e oprimidos!

EGOTRIP - parte II (o retorno)

Dados recentes de uma pesquisa realizada pelo renomado Instituto Nacional de Psico-patologias de Tegucigalpa, revelaram dados estarrecedores. De acordo com estes profundos estudiosos da mente humana, períodos prolongados de carência afetiva e ócio produzem um fenômeno denominado esquizofrenia narcisística. De acordo com os dados da pesquisa, as mulheres são mais suscetíveis a desenvolver a referida patologia, sendo esta altamente contagiosa, e agravada em períodos de abstinência de comentários e após eventos tais como compras, mudança de corte de cabelo e etc., que alteram a percepção da paciente sobre si mesma. A sintomatologia da doença está sendo aos poucos catalogada, mas acredita-se que pode ser detectada em sua fase inicial através de diálogos como abaixo.
Os nomes das pacientes, obviamente, foram trocados, de modo a preservar o sigilo médico.
Ao observar os primeiros sintomas, doses de comentários elogiosos deverão ser ministrados a cada 24 horas até o fim do período crítico (estimado em 1 semana ou 30 dias, em casos mais graves).

Lenise: Precisamos mostrar a nossa erudição....
Bibiane: afinal de contas, além de style, somos intelectuais, não é?!Lenise: exatamente....
Lenise: cosmopolitas....
Lenise: interessantes...
Lenise: e por aí, vai....a enorme lista de nossos incontáveis predicados....
Bibiane: é difícil ser tão bacana, né?! as pessoas não nos deixam em paz!Lenise: é, é um assédio constante, uma coisa, pessoas querendo te imitar, é um stress isso!
Lenise: acho que é por isso que estás precisando de férias...
Bibiane: terrível! nem nas ruas tenho paz! as pessoas me param a todo momento!
Lenise: é, uma loucura! e-mails e mais e-mails de fãs de todo o mundo, pessoas desesperadas pedindo dicas de como ser assim tão fashion e vitaminada...
Bibiane: eu me sinto esgotada! não consigo dar conta! é muita pressão! as pessoas fazem fila pra me ver sair de casa toda manhã!
Lenise: hahahahaa....é eu imagino...ontem eu acho que vi algumas pessoas se esgueirando por entre as araras no mix bazaar só para ver as tuas novas aquisições em primeira mão.
Bibiane: vc notou os paparazzi?
Lenise: na qualidade de mini-mim eu sou muito privilegiada....sei tudo antes que os outros...e posso copiar....
Lenise: notei, notei....eles tentam disfarçar, mas eu sou muito observadora....
Bibiane: exatamente, mocinha! mas não se esqueça! cuidado com o que você faz nas praias desse mundo afora! ontem foi a cicarelli, amanhã podemos ser eu ou você!
Lenise: é verdade, precisamos ficar atentas....
Bibiane: muito!
Bibiane: vc tem uma imagem a zelar!
Bibiane: nós, aliás.
Lenise: é verdade...somos ícones da sociedade moderna fashion e descolada...servimos de exemplo para as gerações futuras...é preciso estar muito atenta...
Bibiane: ahã! lembre-se de que vc vai ser nossa representante no reveillon europeu.
Lenise: é verdade...que luxo isso! aliás, tava pensando, o próximo podia ser em NY, que tal?
Bibiane: fui!
Denise: tô falando sério
Bibiane: e eu então!
Lenise: uhuuuuuuuuu!!!
Lenise: caraca! quanta besteira...batemos um record mundial hoje!
Bibiane: eu não acho! estamos apenas reconhecendo nosso valor!Bibiane: sorry, periferia!
Lenise: chegou até a dar ataque de espirro!
Lenise: heheheh, é...gentalha, gentalha!
Lenise: hahahahha
Bibiane: alergia à gentalha é foda!
Lenise: é, eles são como pó...pequenos e irritantes....
Lenise:bah!!!
Bibiane: pequenos, irritantes e descerebrados.
Lenise:exatamente, exatamente....
Bibiane:Como eu estava dizendo, atchooooooooooô!

Qual é a Sua Verdadeira Idade?

Você, mulher que lê este blog, saberia dizer qual é a real idade da alma que habita esse corpinho sarado que deus lhe deu? Se você dispõe de dez minutos, Elle pode ajudá-la a descobrir. É fácil e divertido. Eu agarantchio.

Starring...



...Hugh, como Hugh.

Hugh, o criminalista, é malvadinho, e talvez seja só isso o que você precise saber. Mas como você não está lendo isso para saber alguma coisa, vamos ao que interessa: detalhes sórdidos e chocantes. Mameluco descendente de uma longa linhagem de cobradores de ônibus, Hugh ressente-se da elite burocrática com quem trabalha, todos odiosos membros das classes mais abastadas que, por anos, oprimiram seus antepassados. Inescrupuloso escalador social, Hugh está de olho na fortuna que as filhas adotivas de Vicky, Pipe e Popy, receberam em testamento de seus pais falecidos. Por isso as adula e bajula, mas sordidamente planeja tornar-se o tutor das ingênuas meninas, conseguindo colocar as mãos no patrimônio milionário. Como Plano B de fortuna, Hugh participa de um experimento científico experimental: o Projeto Super-Criminal Persecuter, cujo objetivo é criar uma máquina burocrática viva de alta tecnologia - o experimento experimental consiste em conectar a seu cérebro fios condutores de informações jurídicas, que são transferidas à velocidade da luz para a sua mente, expulsando qualquer outra forma de pensamento ou interesse. A única coisa que o comove e preocupa é Freddy, seu irmão, um pobre menino epilético portador de uma rara doença, que o fez ficar banguela e progressivamente perder seus dentes. Para piorar a situação, Freddy também foi vítima de um acidente causado por sua mãe, no qual foi tragicamente castrado. Como vocês sabem, Hugh é malvadinho, e portanto todos seus projetos de fortuna destinam-se a aumentar seu poder a fim de derrotar seus arquiinimigos do "Comitê para uma Sociedade Politicamente Correta, Limpinha, Cheirozinha e Boazinha". Quando não está planejando suas malvadezas, Hugh é um típico nerd que adora perder seu tempo lendo gibis e jogando Playstation para libertar escravas das mãos dos odiosos imperadores Romanos.

Saturday, October 07, 2006

Manual of Long Distance Relationships (LDR)

As you all know, I´m an expert in long distance relationships. Dating someone who lives far away is an art that very few master, but it´s not such an impossible mission if people truly love each other and want to make it work.

There are an estimated 7 million long-distance couples in the U.S., including 2.5 to 3 million long-distance marriages. Between 1999 and 2002 (the most recent data available), the number of long-distance marriages increased by 385,000. The average couple in an LDR lives 125 miles apart, visits each other 1.5 times a month, calls one another every 2.7 days to talk for 30 minutes, and expects to be separated for 14 months.
So here´s a list of "Do's" to help you cope with distance, and make your relationship work:

a) Make a plan. It helps to establish a plan that includes an approximate timeline for how long the separation will last -- and, to the extent possible, a schedule for predictable visits. "If you can mark down on a calendar when the visits will take place, it keeps you reliable to your friends and colleagues and makes life less crazy," says Seetha Narayan, author of The Complete Idiot's Guide to Long-Distance Relationships.
b) Discuss ground rules. If you're not explicitly committed, it might be a good idea to set boundaries about interactions with other people that could pose a threat to the relationship. According to research by Greg Guldner of the Center for the Study of Long Distance Relationships, only 30 percent of couples who discussed such rules broke up, regardless of whether or not they decided to date others -- but 70 percent of couples who didn't discuss the topic split.
c) Deal with conflict immediately. Particularly for newer couples, dealing with problems as they arise is key, even if it means spoiling the reunion weekend, Narayan Burtner says. And without the luxury of body language, you'll be forced to communicate well, a skill that can only help you down the road.
d) Share the details of your daily life. Guldner suggests emailing at least twice a day -- once in the morning to share what's on tap for the day ahead, and once in the evening to recount what happened. And be sure to send handwritten letters -- they help to foster intimacy, Narayan Burtner says, since they're concrete reminders of your loved one that can be carried around in a pocket or a purse.
e) Don't sweat the small stuff. Though dealing with conflict is important, couples should remember that they will be particularly sensitive just before and after a reunion. "If one person is picking a fight or acting cranky or finding fault, and it's inexplicable, just let it go -- it has more to do with the transitions than with anything real that's going on," Narayan Burtner advises.
f) Learn the art of long-distance sex. If you're uncomfortable with the idea of phone sex, Guldner suggests reading sexual fantasies over the phone (or even just to yourself, at first). If you can't do that without giggling, send an erotic email with the help of HoochyMail.com.
g) Develop a strong network of friends and family. "Couples who have those kinds of networks tend to endure, and people report more satisfaction with the relationship and in life if they have this support," Narayan Burtner says.
h) Stay optimistic -- and forget the naysayers. A positive outlook is an LDR's best friend. "Studies show that the only coping style in long-distance relationships that seems to predict mental health as well as a satisfying relationship is when both people realize that it's a very reasonable option -- that it works just fine," Guldner says. "It has its own issues, just like anything else. But don't let people convince you that [LDRs] don't work."

(by Mary E. Morrison - from Yahoo!) - but I totaly, completely, absolutely agree!!!

Minha incrível experiência como Amee, a avatar

Mundialmente conhecida pelas minhas habilidades comunicativas, resolvi colocar em teste a popularidade da minha versão avatar, no www.habbo.com.br . Para quem não sabe, avatar é um boneco virtual e o site em questão é um 'hotel virtual' onde avatares se hospedam e trocam uma idéia. É tipo aquele jogo Sims, eu acho. Nunca joguei aquele jogo, mas acredito que seja algo parecido. A idéia é interessante, há mil salas onde tu podes ir com o teu boneco. Eu fui num pub, num teatro, dancei e nadei e caminhei quilômetros (como é que se faz o boneco sentar? Alguém sabe?).
É um povo muito estranho. Freak show total, mas o que é que eu queria? Aliás, eu devo ser meio freak para topar essa! É, eu não tenho mais nada o que fazer, mesmo !! Hehehe.
O resultado da minha experiência, apesar de previsível, foi de cortar os pulsos!! Não contente em não conseguir falar com ninguém na versão brasileira, me registrei também na versão britânica, onde tive muito sucesso conversando com um guri de 13 anos e com uma guria que insistentemente me pedia para ser irmã dela! Uma loucura!
Apesar de tudo, achei interessante. Aliás, o negócio deve ser um sucesso, pois na versão brasileira haviam 2,900 pessoas e na britânica, 8,000!!
É, não me olhe com essa cara, eu não sou a única!!
A propósito, se você resolver aparecer por lá...fale comigo, meu nome é Amee, ou Brazilianamee, para os súditos da rainha. : )

Friday, October 06, 2006

No primeiro episódio de Senfreud...


A cena se passa no escritório onde Senfreud e Amendokramer trabalham.
Recentemente "a bolha" (cubículo) onde Senfreud trabalhava teve suas paredes derrubadas por ordens superiores. Tal fato ocasionou algumas alterações estéticas e logísticas no escritório, dando origem ao diálogo que segue...

Amendokramer: você virada assim pra frente vai flagar todo mundo!
Senfreud: já tô, cherri, já tô... Eu sou a "torre de controle", sacumé? Tô de olho em tudo o que vocês fazem....mas ninguém me vê! ohohohohoh
Amendokramer: olha, do jeito que eu sou, se tivevesse aí não ia fazer nada de nada...no colégio, qdo sentava atrás só ficava olhando os cabelos, os tênis dos outros...até lêndia eu via na cabeça dos colegas, menos a matéria...
Senfreud: hehehehe..
Senfreud: pior é que só dá vontade de ficar vendo o que os outros tão fazendo...e vou te dar a real....tem pouca gente trabalhando, pelo o que eu posso ver...
Amendokramer: bah, sabe que eu acho? que esta hora especificamente não é a de melhor desempenho das pessoas, é muito difícil superar o pós almoço...
Senfreud: é verdade...trabalhar pode ser até perigoso....pode dar uma congestã!
Senfreud: kkkkkkkkk
Senfreud: na boa, sexta-feira....não dá pra querer...
Amendokramer: concordo plenamente!

Agende-se !!


Pessoa chique, que sou, acabo de receber um convite para um evento bala. Trata-se do II Festival de Cinema Fantástico de Porto Alegre. Confesso que não fui à primeira edição e tão-pouco sei do que se trata, exatamente....mas creio que o João poderá esclarecer esta e outras questões...heheheh! Que intimada, heim?? De qualquer sorte, o convite tá feito. O cara entende de cinema, então pode ir que eu agarantcho!!!
Programação disponível no site:

Estrelando...


... Vivi, como Vicky
Sempre às voltas com seus dilemas capilares, Vicky reparte seus dias entre o exercício de uma função burocrática e a insipiente carreira de psicóloga. Na repartição, além de ser companhia inseparável de Kitty e Daisy, ela é vista com freqüência ao lado de Hugh, o criminalista. Embora leve uma vida discreta ao lado de Pipe e Popy, suas filhas adotivas, Vicky não esconde sua fascinação pelo glamuroso mundo da moda. É figurinha certa em feiras e liquidações, onde costuma reabastecer seu guarda-roupa. Apaixonada pela boa mesa, Vicky é capaz de manter longas conversas sobre o cardápio das próximas refeições, ainda que seus dotes culinários não permitam executar mais do que o trivial. Ultimamente, sobrecarregada pela dupla jornada, Vicky tem revelado uma faceta desconhecida de sua personalidade, menos tolerante e conciliadora. Mulher de mente agitada e leituras ecléticas, ela costuma incentivar Daisy a seguir suas mais audaciosas inclinações.

Estrelando...


... Deni, como Daisy
A caçula de uma família tradicional, Daisy quebrou as convenções ao romper com Mark, jovem promissor com quem em breve se casaria. Desde o fim do noivado, ela tem passado por uma radical transformação, o que não a tem poupado de algum conflito com seus preocupados pais, que ainda relutam a aceitar que seja dona do próprio nariz. A pressão familiar não impediu que a jovem partisse para uma jornada solitária à capital argentina, onde, entre tangos e milongas, conheceu Jacob, um escocês sedutor que a apresentou aos prazeres da boemia. De volta à terra natal, Daisy reassumiu as árduas tarefas de escriturária a fim de garantir os recursos necessários para a viagem seguinte, em pleno verão europeu. Num romântico passeio pela região da Toscana, Jacob revelou-lhe sua origem nobre, pedindo-a em casamento logo em seguida. Mesmo apaixonada, ela recusou-se a aceitar, alegando que, antes de firmar qualquer compromisso, precisa conhecer melhor a si própria. Nas confidências que faz a Vicky e Kitty, a Daisy revela que permanece disposta a passar temporadas cada vez mais longas no exterior, onde, em virtude de seus excelentes conhecimentos lingüísticos, tem multiplicado o número de amigos e admiradores.

Estrelando...



... Amendokrem, como Kitty
Advogada de sucesso, Kitty abandonou a carreira para ingressar no serviço público, onde, graças a sua incontestável capacidade de trabalho, tornou-se responsável pelo julgamento de causas de grande complexidade. Nas horas vagas, além de militar a favor dos direitos dos animais, ela cuida de manter a forma numa bem freqüentada academia de ginástica. Graças a isso, ela desfruta sem ônus os prazeres da mesa, dos quais é profunda conhecedora. Em matéria de moda, Kitty costuma fazer o gênero despojado, mas à noite abdica do conforto para exibir sua formosura em modelitos sensuais que cativam Lucky, o psicólogo. Com Vicky e Daisy ela divide o gosto pelas viagens, mas ao contrário das amigas, algo desligadas, ela não abre mão de banheiros limpos e tapetes escovados.

Thursday, October 05, 2006